Estudo de polimorfismo do gene que codifica a enzima óxido nítrico sintase (eNOS) e relações de ancestralidade de pacientes com insuficiência cardíaca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Romulo Vianna de Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16318
Resumo: A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome complexa que se caracteriza por anormalidades no ventrículo esquerdo, resultando em menor ejeção de sangue para os vasos sanguíneos. Mesmo com o avanço da terapêutica, a IC continua sendo uma das maiores causas de mortalidade, internação hospitalar e limitação funcional no Brasil e no mundo. Diferentes estudos apontam para uma associação entre o polimorfismo G894T, localizado no gene responsável por codificar a enzima óxido nítrico sintase endotelial (eNOS), e o desenvolvimento de IC, em certas populações. Porém, as frequências dos alelos e dos genótipos para o polimorfismo G894T são bem variadas de acordo com as populações estudadas, e a associação do G894T com a IC só foi encontrada em populações bem definidas como europeia e afro-americana. Com base nisso, justifica-se a investigação numa população miscigenada como a brasileira, usando como ferramenta os marcadores informativos de ancestralidade (AIMs) em cada indivíduo do estudo para diminuir os efeitos de estruturação populacional recorrentes em estudos envolvendo a população brasileira, por fim, evitando uma associação espúria. Os objetivos deste estudo foram determinar as distribuições das frequências alélicas e genotípicas do polimorfismo G894T da eNOS em amostras de pacientes e de indivíduos saudáveis, considerando ancestralidade, e investigar uma possível associação deste polimorfismo à IC. O estudo incluiu 210 indivíduos pertencentes à coorte do estudo de pacientes com IC do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ e 106 indivíduos saudáveis. A sequência de DNA contendo o polimorfismo G894T do gene da eNOS foi amplificada por PCR e o alelo presente foi determinado utilizando uma enzima de restrição. A ancestralidade foi determinada utilizando 46 marcadores autossômicos AIMs, genotipados por PCR seguida de eletroforese capilar. Quanto ao perfil de ancestralidade, as amostras caso e controle apresentaram maior proporção de herança europeia, seguida de africana e ameríndia, sem diferença significativa entre as duas amostras. As frequências do genótipo homozigoto selvagem (GG) e do alelo variante (T) foram superiores em pacientes, quando comparadas com as dos indivíduos saudáveis. Essas diferenças demostraram significância estatística e um valor de odds ratio indicativo para chance aumentada de IC em portadores do genótipo GG e diminuída nos portadores do alelo T. As frequências de genótipos homozigotos (GG e TT) foram maiores em pacientes com IC não-grave do que naqueles com IC grave, sendo esta diferença significativa e indicando uma maior incidência de casos graves de IC naqueles com o genótipo GT. Esse estudo sugere uma associação do genótipo GG a uma maior incidência de IC e do alelo T a uma menor incidência.