Identidade, experiência urbana e agências cotidianas: trajetórias de quatro mulheres indígenas na cidade do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nasciutti, Luiza Freire
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16380
Resumo: Esta pesquisa se baseia na análise de trajetórias de quatro mulheres indígenas que vivem na cidade do Rio de Janeiro a partir de autonarrativas biográficas. Propõe-se uma reflexão de como elas se percebem mulheres indígenas na cidade, analisando como vivenciam processos de identificação alinhados a modos particulares de significação, substantivação e legitimação da identidade indígena, marcados e influenciados pelo contexto sócio-político das disputas ateadas pelo movimento indígena Aldeia Maracanã. Procura-se analisar pontos convergentes nas construções de suas biografias produzidas sobre processos de busca por suas “raízes”, onde se constrói a identidade indígena enquanto potencialidade a ser “descoberta” e “retomada”. Busca-se observar como um trabalho de memória é produzido, na construção de identificação por tal identidade, e certa formulação de projeto é acionada, na enunciação de uma postura política em torno da ideia de “defender a cultura”. Procura-se investigar como essas mulheres narram sobre os processos de estigmatização, marginalização e invisibilização que experienciam na cidade, e refletir sobre as agências que emergem como respostas a essas violências. Para além das violências específicas que narram vivenciar enquanto indígenas, aparece demarcada a experiência generificada, que é, por vezes, atravessada pela dimensão da pobreza e da precariedade. Com o ordinário como campo privilegiado (DAS, 2007), pretende-se captar a vida cotidiana dessas mulheres, a partir de suas narrativas, procurando rastrear nestas, as escolhas ocultas e as agências miúdas, porém vitais, para viverem as suas vidas e tornarem seus mundos mais habitáveis.