Boas práticas de laboratório de micologia médica: elaboração de manual de procedimentos técnicos e de ilustrações fúngicas
Ano de defesa: | 2019 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde, Medicina Laboratorial e Tecnologia Forense |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17669 |
Resumo: | Os fungos são responsáveis por diversos processos infecciosos tanto comunitários quanto nosocomiais. Notadamente mais críticas em pacientes imunocomprometidos, as infecções fúngicas têm sido desencadeadas pelo progresso da tecnologia médica que, de forma muito frequente, determina um aprofundamento dos estados consumptivos em indivíduos hospitalizados ou que apresentem importantes processos de base. Com caraterísticas oportunistas, essas infecções se mostram refratárias aos tratamentos propostos, bem como de diagnóstico difícil. O aumento de casos de infecções graves tem determinado certo interesse em relação à micologia médica e às formas de manejo dos pacientes. A compreensão dos mecanismos de agressão dos fungos, a resposta à terapêutica, o diagnóstico laboratorial e o comportamento in vitro frente às drogas de uso clínico têm sido as áreas de maior interesse da comunidade científica. Em decorrência da complexidade morfológica e biológica e da especificidade da eco-epidemiologia desses organismos, o estudo dos fungos patogênicos ainda tem apresentando grandes limitações, o que tem mantido esses organismos amplamente desconhecidos das diversas especialidades médicas, particularmente, da medicina laboratorial. O reflexo mais concreto de todo esse baixo interesse e limitação é a ausência da disciplina de micologia, tanto na graduação quanto na pós-graduação, em muitos cursos médicos e da área da saúde. Além disso, apesar de mais disponível, atualmente, há certa escassez de literatura sobre micologia laboratorial no idioma português. A dificuldade inerente ao estudo micológico e a falta de recursos humanos especializados, cursos de formação e material didático, retroalimenta esse sistema de desconhecimento e desinteresse acerca dos fungos patogênicos. A constatação dessa realidade levou a proposição, no presente trabalho, da elaboração de um manual de boas práticas em laboratório de micologia médica associado a um atlas de imagens fúngicas. Esse manual constitui-se de uma descrição pormenorizada de tópicos como biologia e morfologia de fungos de interesse médico e laboratório de micologia médica onde são contempladas as caraterísticas macro e microscópicas e fisiológicas dos fungos e suas taxonomias, espaço físico, arquitetura laboratorial, biossegurança e controle ambiental, ergonomia, equipamentos, materiais e métodos de pesquisa e identificação de fungos e controle da qualidade, além de conter um atlas imaginográfico cultural e tecidual dos principais agentes fúngicos. Efetivamente, esse manual consiste em um guia ou um compêndio técnico de bancada. Desse modo, o manual elaborado representa uma ferramenta importante para a montagem laboratorial e a correta execução dos procedimentos em micologia médica, contribuindo, assim, com a difusão do conhecimento técnico e micológico, formação de um pensamento crítico e diminuição dos frequentes erros diagnósticos. |