Ensino Superior público a distância no munícipio de São Paulo: entre formação humana e dinâmicas excludentes
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18141 |
Resumo: | O processo de reestruturação produtiva do capital tem transformado as relações de trabalho tanto no centro quanto na periferia do modo-de-produção, constituindo novas formas de espoliação do trabalho e de expropriação do mais-valor; as políticas educacionais de Ensino Superior, especialmente as do período Lula e Dilma, emergem neste contexto, em seus aspectos mais gerais (de massificação) e particulares (de mercado). Por isso, o presente trabalho de doutorado, investiga a partir da expansão do ensino superior no Brasil, a articulação entre as especificidades da Educação à distância e os limites de um planejado processo de inclusão social de trabalhadores-estudantes do circuito periférico. Buscou-se, dessa forma, compreender a EaD no estágio vigente do capitalismo como uma nova determinação (ou não) para a qualificação de trabalhadores precarizados – para o próprio processo de trabalho precarizado. Nesse sentido, algumas das conclusões identificadas resultam, principalmente, de duas linhas investigativas: a estreita relação entre a modernização do Ensino Superior (a distância) e as novas formas de espoliação e extração de mais-valia do trabalho (im)produtivo no setor de serviços; e a ambivalência "inclusiva-excludente" do aumento da oferta de ensino através da modalidade a distância. A hipótese verificada foi a de que as políticas públicas de regulação do Ensino Superior à distância – nos moldes realizados pela gestão petista – ao mesmo tempo que eram estatalistas e inclusivas, se conformaram num complexo e contraditório movimento privatista e excludente. Para tal, utilizou-se um amplo conjunto estatístico formado pelos bancos de dados do Censo da Educação Superior brasileira do Inep-MEC, além de levantamento realizado junto à Secretaria Municipal de Educação de São Paulo para compor um panorama mais específico da expansão de cursos de graduação a distância em IES públicas na capital paulista; e, por fim, a partir de entrevistas com alunos(as) do polo Jd. Paulistano da rede UAB/UniCEU, observou-se, por meio da trajetória ontológica destes trabalhadores-estudantes, a dialética da inclusão-excludente. |