As pautas do movimento feminista na cidade do Rio de Janeiro de 2015-2018: as possíveis escalas de abordagem
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16895 |
Resumo: | Em resposta aos efeitos da crise econômica internacional e os planos de austeridade em vários países com avanço da direta e grupos políticos que incitam valores conservadores e misóginos, as mulheres passaram a se organizar em escala global e sair às ruas contra a violência machista, pela igualdade salarial e em defesa das liberdades democráticas, como o direito à livre sexualidade e ao aborto, legal, seguro e gratuito. Expressões disso são os movimentos “Ni Una Menos” na América Latina e as greves de mulheres na Europa. No Brasil em 2015, a onda de manifestações de mulheres para protestar contra o Projeto de Lei (PL) 5069/2013, de autoria do então deputado federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ), e a grande repercussão de campanhas contra a violência e assédio nas redes sociais que pautou a sociedade, ficou conhecida como Primavera Feminista. O objetivo dessa dissertação foi analisar a articulação do movimento feminista e suas pautas e a organização das manifestações na cidade do Rio de Janeiro no período entre a Primavera Feminista em 2015 a março de 2018, quando ocorreu a segunda Greve Internacional de Mulheres. A base conceitual desse estudo encontrou suporte nas geógrafas Joseli Silva, Rosa Ester Rossini, Linda Macdowell, Susana Maria Veleda da Silva, traçando o panorama do desenvolvimento epistemológico e as vertentes do subcampo Geografias Feministas e de Gênero. E na teoria feminista de perspectiva marxista em base as leituras de Andrea D´atri, Heleieth Saffioti e Diana Assunção. Do ponto de vista geográfico as manifestações ocorreram no espaço urbano e foi analisado os lugares na escolha do trajeto. Constatou-se a importância da realização das manifestações no espaço público em frente de lugares que representam o poder público da metrópole do Rio de Janeiro. A partir das pautas identificadas, realizou-se uma breve reflexão sobre as escalas e a possibilidade do “salto escalar” com a articulação a partir da Greve Internacional de Mulheres, tendo como fundamentação a teoria esquemática da produção da escala, elaborada pelo geógrafo Neil Smith. Um dos resultados observados a partir das entrevistas de ativistas de coletivos feministas, é que uma porcentagem representativa da geração atual entre 16 e 24 anos se declara feminista, sendo as redes sociais consideradas um espaço de formação, de troca de informações e articulação de campanhas virtuais e atos que se expressaram nas ruas. As pautas do movimento feminista foram analisadas a partir da premissa de que o fator decisivo da história é a produção e reprodução da vida, segundo a teoria materialista, e a importância do estudo de gênero pela Geografia se dá pelo fato de que o espaço geográfico é a materialização da sociedade e toda a existência humana é espacial |