Teatralização no ensino de Geografia: uma condição possível
Ano de defesa: | 2024 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ensino de Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22447 |
Resumo: | O exercício do magistério tornou-se um desafio em suas múltiplas dimensões, sociais, políticas, econômicas e humanas. Frente a tais situações brevemente colocadas, ergue-se uma questão pedagógica de profundos debates acadêmicos. Como ensinar e formar cidadãos críticos e autônomos para um mundo em constante transformação? A abordagem sociointeracionista proposta por Vygotsky (2009) tem se mostrado de extremo valor e fundamental no processo de aprendizagem-ensino. Vivemos em uma sociedade desigual e imediatista que pouco valoriza o papel do professor, inserida num modelo político-econômico manipulado pelo grande capital, o qual vê, na figura do professor, um obstáculo aos seus anseios neoliberais. Freire (1970; 1996) defende que o discurso ideológico nos ameaça de anestesiar a mente, de confundir a curiosidade, de distorcer a percepção dos fatos, das coisas, de acontecimentos. O professor emerge como a contraposição a essa ideologia de alienação das massas, como uma possibilidade de desatar nós que obstaculizam o aluno em sua construção socioespacial. Este estudo se propõe analisar os desafios do professor de Geografia em sua prática pedagógica, enfrentando problemas de diferentes ordens, isto é, socioeconômicos, estruturais, curriculares, logísticos, ideológicos, dentre outros, e essencialmente, apresentar a Teatralização do Ensino de Geografia –TEG como uma proposta de metodologia de ensino, sendo esta uma das muitas possibilidades do encontro entre Geografia e Arte. Uma prática pedagógica dinâmica e libertadora, na qual o processo de aprendizagem-ensino, conceito também defendido por Oliveira (2013), seja construído de forma conjunta e colaborativa entre professor-orientador e alunos-atores. Uma prática que estimule o aluno a desenvolver um raciocínio geográfico, uma consciência crítica e ativa ante as questões transversais que se descortinam diariamente em sua vida. Segundo Callai (2013), o desafio é dar conta de realizar um ensino que seja dinâmico, que aprenda o movimento e a capacidade de transformação contínua dos espaços que estudamos. Por meio da arte da representação, os alunos se transformam em protagonistas dos seus processos de aprendizagem-ensino. Para Souza (2009), o teatro é capaz de ensinar por vias indiretas e seu verdadeiro aprendizado não está somente contido num currículo explícito. Boal (1982; 2011) conclui que a arte modifica os modificadores da sociedade, transforma os transformadores e oportuniza a professores e estudantes novas possibilidades de apresentação da realidade espacial. A sua ação é indireta, exerce-se sobre a consciência dos que vão atuar na vida real. Spolin (2010) nos mostra que os jogos teatrais possibilitam os alunos a desenvolver a habilidade de comunicar-se por meio do discurso e da escrita e de formas não verbais. Cavassini (2008) enaltece a arte como disciplina e coloca o teatro com a base epistemológica da arte, o autor defende que a pedagogia do teatro possui disciplinas que associam teatro, pedagogia e disciplinas limítrofes de ambas. |