Nas margens da Cidade Olímpica: etnografia visual da luta por moradia da Ocupação Quilombo das Guerreiras no Porto Maravilha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Duarte, Ana Clara Chequetti da Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Ciências Sociais
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23700
Resumo: Trabalhando com um coletivo de ocupantes sem-teto em sua luta por moradia na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro, esta dissertação, realizada no âmbito da antropologia visual, adota como metodologia a análise da construção de uma narrativa visual deste grupo sobre sua trajetória em meio ao processo de revitalização da área. Ao mesmo tempo em que se embasa em uma antropologia das margens, busca indagar as condições de possibilidade dessa imagem, deslocando a problemática das representações para a questão das malhas de relações de poder que as sustentam. Representadas pelos agentes promotores da reforma como espaços subdesenvolvidos e precários, como se apenas sobrevivessem, no limite da vida e da natureza, as ocupações urbanas se tornam alvo sistemático de remoção com o projeto de intervenção urbanística “Porto Maravilha”. Justificando-se através da narrativa do Porto como um “vazio a ser preenchido”, propõe então o “re-vitalizar”. Neste emaranhado de categorizações, entre legal/ilegal, invasão/habitação social, vítimas/bandidos, os membros das ocupações estão enredados nestes jogos de poder em que tem que negociar e contornar seus efeitos nocivos numa luta que é, assim, pessoal e política. Constroem, através da organização coletiva e da autogestão, estratégias que recriam singularmente formas de habitar a cidade. Assim, a ocupação urbana, como esse espaço “marginal” da cidade Olímpica, é um espaço privilegiado para análise das políticas do fazer cidade.