Viver em ocupação por moradia: precariedade e corpos às margens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Sumi, Camilla Massola
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-18072024-115317/
Resumo: Esta pesquisa acompanhou, diante das limitações impostas pela pandemia de Covid-19, duas ocupações por moradia na área central de Campinas. O objetivo foi analisar as articulações e trajetórias de luta por moradia vistas pelo ângulo das mulheres com suas formas de associação e organização vinculadas ou não a horizontes dos feminismos contemporâneos. Este enfoque foi motivado pela compreensão de que as mulheres, em suas interseccionalidades, por estarem mais assujeitadas à produção de vulnerabilidades sociais e à pobreza urbana, constituídas pelo vínculo estabelecido entre os sistemas capitalista, patriarcal e racial, podem ser empurradas para o que se denominou de margens, por isso, apresentam-se de maneira significativa nesses territórios. Ao considerar a centralidade na dimensão de gênero e as experiências urbanas narradas pelos moradores das duas ocupações, foi possível desenhar algumas trajetórias de moradia, deslocamentos históricos e espaciais, entrelaçados com as políticas públicas de habitação e práticas para o acesso à moradia. Essas dinâmicas imprimiram atravessamentos por espaços sociais distintos, códigos de convivência e violências individuais e coletivas. Espera-se que as reflexões propostas por essa tese, apreendidas etnograficamente nas esferas da moradia e da cidade, dialogue e contribua com procedimentos metodológicos no campo da arquitetura e urbanismo ao pensar nos objetos empíricos a partir de dentro para fora, somadas às interrogações teóricas e empíricas colocadas pelos estudos urbanos dos processos de transformações sociopolíticas em curso, especialmente, nas relações entre gênero e cidade.