A voz conservadora do Vale: a trajetória política de Domingos de Andrade Figueira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carneiro, André Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17860
Resumo: Esta tese trata da trajetória política de Domingos de Andrade Figueira, um dos principais porta-vozes do Partido Conservador do médio Vale do Paraíba fluminense. O objetivo dessa tese é analisar a participação de Andrade Figueira, como representante da classe senhorial escravista do Vale do Paraíba fluminense, na resistência quanto às leis de emancipação do trabalho servil e sua participação no movimento monarquista nos primeiros anos da República. Herdeiro político da geração saquarema de 1830, ao lado de Paulino Soares de Sousa Filho e o Barão de Cotegipe, Andrade Figueira lutou aguerridamente pelos interesses de proprietários escravistas que não haviam desenvolvido alternativas à mão de obra servil, durante os debates e votação dos projetos emancipacionistas do governo imperial. Monarquista convicto e opositor da República, Andrade Figueira apoiou a Revolta da Armada, como também a Revolta Federalista no Sul, ambas contra o governo de Floriano Peixoto. Em 1900 participou de uma conspiração contra o governo de Campos Salles juntamente com o conselheiro João Alfredo, chegando a quase 30 pessoas entre civis e militares. Ainda voltou-se contra o governo de Rodrigues Alves quando, juntamente com outros monarquistas, participou, através de financiamento, de uma tentativa de golpe de estado, liderada pela oposição formada por republicanos florianistas e jacobinos, aproveitando-se da insatisfação popular criada com a vacina obrigatória. Figueira pretendia abalar a confiança da população na República com o objetivo de restaurar a Monarquia.