Modernização e produção social do espaço: ações, papéis e estrutura do Superporto Sudeste e conflitos territoriais na Ilha da Madeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lindolfo, Nathalia dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geografia - Faculdade de Formação de Professores (FFP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13486
Resumo: O espaço geográfico é um complexo de ações dos mais diversos atores, nesse sentido a presente Dissertação aborda a dinâmica de um conflito territorial estabelecido pelas diferentes formas de apropriação do território. O recorte espacial do conflito abarca o bairro da Ilha da Madeira e a Baía de Sepetiba, visto que ambos são disputados pelos pescadores artesanais e pelo Porto Sudeste. O conflito em voga emerge a partir da instalação do Porto Sudeste, pois o mesmo promove mudanças drásticas na territorialidade da região, afetando assim o modo de vida dos pescadores artesanais. O pacato bairro da Ilha da Madeira, município de Itaguaí/RJ, foi escolhido para sediar o estabelecimento, por ser uma área banhada pelas águas da Baía de Sepetiba, além de ser bem atendida por rodovias e ferrovias que cortam pontos de interesse para o empreendimento portuário. Diante dessa conjuntura, a pesquisa tem como objetivo analisar os efeitos da instalação do Porto Sudeste na vida dos pescadores artesanais, entre os anos de 2009 e 2015, período compreendido entre o início das obras do empreendimento e o início de sua operação. Deste modo, a pesquisa é fundamentada em uma extensa revisão bibliográfica, bem como em trabalhos de campo. Ademais, foram realizadas entrevistas buscando identificar os argumentos e estratégias apresentados na disputa pelo uso, apropriação e controle do território e dos recursos naturais. Dentre os grupos pesquisados destacam-se os pescadores artesanais e o Porto Sudeste, no entanto somente os primeiros aceitaram participar da entrevista. Os resultados das entrevistas atrelados à bibliografia possibilitou concluir que a Ilha da Madeira e a Baía de Sepetiba são território em litígio, disputado por lógicas distintas que se colidem cotidianamente, pois os empreendimentos globais atuam levianamente sobre o território local, fazendo jus às necessidades externas e deixando de lado as relações de vida mantidas no lugar.