Estudos arqueométricos e de conservação preventiva do patrimônio cultural de papel
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Química BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11891 |
Resumo: | O patrimônio cultural de papel engloba documentos antigos que devem ser preservados, por apresentarem risco de deterioração. A conservação preventiva é a melhor forma de proteger tais objetos, e, para isso, é necessário se ter o conhecimento de métodos analíticos adequados para cada casoespecífico de dano. A Arqueometria oferece um grande leque de ferramentas que contribuem para o estudo, conservação e tratamento da herança cultural. Desta forma, o objetivo geral deste trabalho foi investigar o emprego de diversas ferramentas arqueométricas para a preservação e conservação preventiva do patrimônio cultural de papel. No primeiro capítulo a microbiota presente em uma biblioteca pública especializada foi caracterizadaatravés do emprego de microbiologia clássica e biologia molecular e a concentração mínima inibitória de um agente químico sobre o crescimento das espécies isoladas foi investigada. Os resultados indicaram a ausência de contaminação cruzada na biblioteca e a boa eficiência do ortofenilfenol como fungistático na concentração de 400 mg.L-1. No segundo capítuloforam estudadas tintas ferrogálicas preparadas a partir de taninos comerciais hidrolisáveis e condensados, contendo diferentes concentrações de ferro, utilizando a microscopia eletrônica de varredura (MEV) como técnica de investigação de depósitos de ferro não reativos em superfície de papel, e determinou-se, por ensaios químicos, o conteúdo de taninos totais e condensados nas tintas, visando confirmar os resultados obtidos por MEV. Os resultados mostraram que os taninos hidrolisáveis da Castanea sativa e Caesalpinia spinosa foram mais estáveis devido à maior reatividade com o ferro, enquanto que os taninos condensados da Acacia sp. apresentaram menor reatividade, contribuindo assim para a formação de agregados na superfície das tiras de papel, podendo-se concluir que os padrões de degradação podem ser explicados em termos de reatividade. Além disso, a determinação da concentração de taninos condensados explicou a formação de partículas de agregado em observações microscópicas. No capítulo três estudou-se, com o auxílio da espectrometria de absorção atômica (EAA), a dessorção do ferro não reativo de quatro tintas ferrogálicas com diferentes concentrações de ferro, avaliando a cinética de remoção do ferro por duas soluções de fitato de cálcio, aplicando os modelos de pseudo-primeira e segunda ordem. Os resultados apresentaram uma cinética de remoção em torno de 15 minutos, por ambas as soluções de fitato. A solução mais diluída de fitato de cálcio mostrou ser tão eficiente quanto a solução mais concentrada. O modelo cinético de pseudo-primeira ordem ajustou melhor os dados experimentais, confirmando uma cinética rápida; que permite a introdução de banhos simultâneos numa ampla gama de documentos. No capítulo quatro, oito tipos diferentes de papel foram estudados com relação à sua capacidade de impregnação de tintas ferrogálicas, ao acúmulo de ferro não reativo e à susceptibilidade fúngica. As técnicas EAA e MEV mostraram que a interação das tintas com os papéis depende diretamente das características particulares desses suportes. Além disso, a corrosão química, provocada pelo uso da tinta ferrogálica, favoreceu a corrosão microbiológica por fungos em todos os tipos de papel |