Iguarias barrocas: ficção, comida e política na América Latina
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6141 |
Resumo: | Na diversidade das postulações do (neo?) barroco latino-americano ensaiadas no século XX existe uma constante: o discurso político que é sobre-impresso à recepção das teorias européias do Barroco. A tese examina as relações entre essa politização, veiculada principalmente nos debates sobre a historiografia literária, e as representações da comida que aparecem em múltiplos textos ficcionais desde meados do século XIX até a década de 1970, sob a hipótese de que tal vinculação teria construído um complexo dispositivo retórico: uma retórica da comida que operaria politicamente no âmago da ficção. O objetivo não é demonstrar a hipótese, mas procurar estabelecer a possibilidade teórica dessa demonstração. A recepção na América Latina do barroco (como termo e como teoria) é examinada sob uma ótica heterodoxa, que tenta avaliar o papel do barroco na historiografia e nas leituras críticas do século XX. A proposta de análise das obras avança em torno de quatro tipos de representações da comida: a alimentação, a antropofagia, a fome e os banquetes. Trata-se, enfim, de uma leitura que, sem rejeitar totalmente as contribuições da historiografia nem as interpretações tradicionais, propõe conexões alternativas e singulares entre variadas obras de autores latino-americanos, por fora das limitações impostas nos modelos da literatura nacional ou da literatura continental |