Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Diagonel, Fabrício Zantut |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/235456
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Resumo: |
A relação entre violência e arte não é algo restrito à contemporaneidade, entretanto o desdobramento das vanguardas do início do século XX levaram essa tensão a um limite da representatividade. O diálogo entre ética e estética é uma discussão pertinente aos nossos dias: vivemos em um mundo em que a ameaça reacionária se apodera dos aparatos midiáticos e comunicativos para construir uma massificada estética do mal-gosto. A proposta deste trabalho é pautada na análise de três contos contemporâneos nos quais podemos encontrar a tensão entre violência e arte. Os contos são “La pesada valija de Benavides” e “Cabezas contra el asfalto”, da escritora argentina Samanta Schweblin e “Crías”, da equatoriana Maria Fernanda Ampuero. O objetivo deste trabalho é procurar entender de qual maneira as autoras constroem sua narrativa ao redor da tensão entre arte e violência e quais os efeitos de sentido gerados por esta tensão quando ela é duplamente mediada: primeiro, pelo sujeito interno, personagem da narrativa que se depara com um objeto estético relacionado a violência e depois pelo próprio conto, objeto estético em si que media a significação entre o sujeito da enunciação e nós leitores. O percurso de leitura proposto inicia-se com discussões acerca de alguns conceitos e transformações da arte no período citado - do início da vanguarda até a oposição entre a cultura de massa e o desenvolvimento da arte contemporânea - para que depois seja possível aprofundar a pesquisa no da violência e suas diversas possibilidades de definições. Quanto a violência, busca-se compreender, para além de suas definições, de qual modo ela estrutura a sociedade em que vivemos, emaranhada em nossa vida social, profissional e em nossa formação psíquica. Findada essa primeira exposição, o próximo passo é a familiarização com a ferramenta de análise literária escolhida, a semiótica greimasiana. Conceitos como figurativização, tematização e isotopia, da semiótica discursiva e as reflexões de Greimas acerca das paixões em suas obras “Semiótica das paixões” e “Da imperfeição” são de muito valor para o desenvolvimento do trabalho. |