Efeitos protetores do treinamento resistido sobre a miotoxicidade induzida pela doxorrubicina em ratos
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Biologia Humana e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22429 |
Resumo: | A doxorrubicina (Dox) é um quimioterápico altamente eficaz da classe das antraciclinas que está associado a uma infinidade de efeitos adversos graves, incluindo miotoxicidade. O objetivo do presente estudo é investigar se o treinamento resistido (TR) pode atenuar a toxicidade muscular esquelética induzida pela Dox em ratos pela modulação da expressão de proteínas envolvidas no equilíbrio proteico, apoptose, biogênese mitocondrial e possível participação do sistema renina-angiotensina. Além disso, verificar se as possíveis alteração diferem entre os músculos esqueléticos. Utilizamos ratos Sprague Dawley adultos machos que foram divididos aleatoriamente em Controle (NaCl/sedentário, n=10), Dox/Sed (Dox/sedentário, n=16) ou Dox/TR (Dox/treinado em resistência) grupos (n=16). Dox ou solução salina foram administrados por 10 dias (1 mg/kg/d, i.p.). O TR consistiu em subir uma escada vertical com 54 degraus com sobrecarga (15 repetições/d; 5 dias/sem; 20 a 60% da carga máxima; por 8 semanas). Após a eutanásia, os músculos sóleo e gastrocnêmio foram dissecados e processados para microscopia ou congelados para Western blot. O TR reduziu a mortalidade, a perda de peso e melhorou a força geral em comparação com Dox/Sed. Ratos Dox/Sed exibiram área transversal de miócitos significativamente menor, tanto do sóleo quanto do gastrocnêmio, em comparação com Controle e Dox/TR. Além disso, a RT mitigou os danos ultraestruturais aos músculos esqueléticos causados pela Dox. Micrografias eletrônicas de ambos os músculos de animais Dox/TR evidenciaram muitos campos com miofibrilas e sarcômeros regularmente dispostos, mitocôndrias preservadas e ausência de organelas que sugerem degradação proteica; em oposição às conclusões do grupo Dox/Sed. Essas alterações foram acompanhadas de maior atividade da Catalase comparada ao grupo Dox/TR e menor atividade da GPx comparada ao Controle. O grupo Dox/Sed apresentaram maior dano proteico comparado ao Controle. Além disso, a Dox reduziu níveis proteicos de Akt e p-AktSer473, mas sua relação não diferiu entre os grupos. No gastrocnêmio, a expressão de Rab 7 foi maior no grupo Dox/Sed do que no grupo Controle, já a ECA2 foi maior no grupo Dox/TR do que no grupo Dox/Sed. No sóleo, a expressão do citocromo C foi reduzida no grupo Dox/RT em comparação ao grupo Dox/Sed. Além disso, a expressão de PGC1-α foi reduzida no grupo Dox/Sed em comparação ao grupo Controle. Porém, o TR foi capaz de aumentar sua expressão. Já os níveis proteicos de ECA2 estavam reduzidos nos grupos tratados com Dox, no entanto, observamos que o TR aumentou os níveis proteicos da relação ECA/ECA2, que estavam reduzidos no grupo Dox/Sed. A expressão de p-P70S6KThr389, MuRF-1, Atrogin-1, Caspase-3, AT1R, MasR, ECA, receptores da bradicinina, IL-6 e TNF-α foi semelhante entre os grupos em ambos os músculos. O TR mitigou a miotoxicidade derivada da Dox, ele foi eficaz em atenuar a mortalidade, em preservar a ultraestrutura dos músculos esqueléticos, em prevenir a atrofia de ambos os músculos, acompanhado da redução da relação ECA/ECA2 e redução de p-NFκB. Além disso, foi capaz de aumentar a expressão da proteína envolvida na biogênse mitocondrial. O TR realizado durante o tratamento com Dox pode ser uma abordagem valiosa para atenuar o dano muscular associado. |