Participação criminal e ações neutras no direito brasileiro: Reflexões a partir da tradição jurídico-penal brasileira sobre o concurso de pessoas
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Direito Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Direito |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23293 |
Resumo: | Especialmente a partir da década de 1990, ganhou notoriedade na dogmática penal o debate sobre as chamadas ações neutras, cujo propósito é investigar os limites e os fundamentos da participação punível, especialmente em face de atos cotidianos ou profissionais que são, em si, lícitos, mas que em dados contextos podem contribuir para a realização de um injusto alheio. O debate, que se desenvolveu primordialmente na dogmática penal alemã, aportou em terras brasileiras a partir dos anos 2000 e desde então vem sendo objeto de atenção de nossos penalistas. O presente estudo se propõe, inicialmente, a investigar a evolução histórica do concurso de pessoas no direito penal brasileiro, tanto sob o prisma normativo, quanto pelo tratamento que lhe foi dedicado pela doutrina e pela jurisprudência. Em seguida, será traçado um panorama teórico do concurso de pessoas na atualidade, com o desenvolvimento dos conceitos essenciais para a compreensão do fenômeno da participação criminal e de sua distinção com a autoria. Na sequência, serão analisadas e criticadas as obras brasileiras que se dedicaram ao estudo das ações neutras, para avaliar se as propostas são compatíveis com a tradição jurídico-penal brasileira do concurso de pessoas. Por fim, serão esboçadas algumas bases para a construção de um tipo penal de auxílio que possa limitar a amplitude da participação punível de uma forma racionalmente justificada. |