Estudo da patogênese de cepas de Escherichia coli enteroagregativa em modelo de interação empregando Caenorhabditis elegans
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Microbiologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14370 |
Resumo: | A Escherichia coli enteroagregativa é um enteropatógeno reconhecido pela capacidade de produzir o padrão de aderência agregativa (AA) em linhagens celulares. A heterogeneidade genética das cepas EAEC dificulta o entendimento sobre a patogênese, sendo possível isolar cepas EAEC de pacientes com sintomas clínicos bem como de indivíduos assintomáticos. O nematódeo Caenorhabtidis elegans vem sendo utilizado como modelo para estudo da patogênese de EAEC por mimetizar o processo de patogênese causado por microrganismos em mamíferos. Os resultados mostram que as cepas EAEC do grupo clínico assim como as cepas do grupo controle (crianças sem sintomas) ao infectarem os nematódeos, causaram redução do tempo de sobrevivência dos animais. As cepas do grupo filogenético D estão relacionadas ao grupo clínico, mas no modelo C. elegans não foi demonstrada a relação dessas cepas com a patogenicidade no nematódeo. No intestino do C. elegans infectado por EAEC foi observada a colonização bacteriana e acúmulo de bactérias, bem como a persistência das cepas mais patogênicas. A colonização e persistência de EAEC também foram observadas no intestino do coelho, no entanto, nem todas as cepas testadas causaram sintomas clínicos nos animais. Não foi possível correlacionar o potencial invasivo das cepas EAEC em células de cultura e a virulência no modelo C. elegans. Mutações em fatores de virulência conhecidos afetaram a virulência de EAEC no modelo C. elegans. Observamos a atenuação da virulência da cepa EAEC 042 carregando mutações em genes de virulência, tais como o gene pet que codifica a enterotoxina Pet, o gene aaiC, que codifica proteína secretada pelo sistema de secreção tipo VI (SST6) e o gene aggR, o regulador transcricional de EAEC. Esses resultados sugerem que os genes envolvidos na patogênese de EAEC em humanos também devem estar envolvidos na patogênese em C. elegans. Entretanto, cepas EAEC já estudadas em testes de desafio em humanos que não causaram doença nos voluntários, quando testadas no C. elegans, causaram morte dos vermes em poucos dias após o início da infecção. A heterogeneidade genotípica de EAEC resulta na variedade de fenótipos observados quando a patogênese de EAEC é analisada em diferentes modelos de estudo. |