Poéticas do mal na literatura brasileira: o gótico brasileiro em Fronteira, de Cornélio Penna
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19628 |
Resumo: | A partir de sua origem no cenário literário britânico de meados do século XVIII, a poética gótica difundiu-se pela literatura de inúmeros países e, em virtude de seu caráter adaptável, tornou possível a representação dos medos e das ansiedades das mais diversas sociedades, além de desvelar as fissuras dos projetos de formação de suas nações. Dentre os principais elementos do Gótico, destacam-se uma visão de mundo negativa e/ou cética; a presença de loci horribiles, i.e., espaços narrativos aterrorizantes e opressivos; a figuração de personagens física ou moralmente monstruosas, e o tema do passado que retorna para assombrar o presente. Este trabalho possui o objetivo de analisar Fronteira (1935), primeiro romance de Cornélio Penna (1896-1958), à luz das convenções góticas e apresentá-lo como uma obra exemplar da categoria do Gótico brasileiro. Tendo como aporte teórico os trabalhos de Fred Botting (2005), David Stevens (2012) e David Punter (2013) no que se refere aos escopos transnacional e trans-histórico da poética, exploraremos os processos que permitiram suas transformações na América Latina a partir das considerações de Enrique Ajuria Ibarra (2014), Justin D. Edwards e Sandra Vasconcelos (2016), para, então, formularmos reflexões sobre a vertente brasileira com base nos estudos de Fernando Monteiro de Barros (2014; 2016; 2020), Júlio França (2018) e João Pedro Bellas (2021). Em seguida, empreenderemos a análise narratológica da obra corneliana e, finalmente, o exame dos temas tipicamente brasileiros que encontramos em Fronteira. |