Crenças de pais e educadores sobre a estimulação de bebês em espaços alternativos de desenvolvimento infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Vito, Rossana de Vasconcelos Pugliese
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15191
Resumo: O impacto gerado pelo aumento dos índices de nascimentos de crianças com problemas neonatais promoveu a necessidade de uma nova abordagem e especialização dos profissionais de saúde, no que se refere ao acompanhamento do desenvolvimento neuropsicomotor do recém-nascido de risco e investigação específica de suas condições clínicas. A evolução científica proporcionou um melhor atendimento para estas crianças e, igualmente, possibilitou a criação de programas de estimulação ao bebê nascido sem nenhuma complicação, com o objetivo, inicial, de tomar medidas de prevenção e promoção da saúde. Nesse processo surgiram os chamados Espaços de Desenvolvimento e Estimulação Infantil (EDEI), os quais se caracterizam por serem especializados e adaptados para o atendimento e para a estimulação infantil, com programas planejados para cada ano e meses das crianças que não possuem qualquer alteração biológica, ou seja, crianças sem deficiência. Conjectura-se, contudo, que as intervenções ocorridas nestes locais, também têm a pretensão de potencializar as experiências motoras, sensoriais, cognitivas, emocionais, sociais, entre outras, auxiliando nos ganhos do desenvolvimento humano, bem como prevenindo as incapacidades ou condições indesejáveis. No Brasil, a prática é recente e ainda pouco investigada quando o foco é o bebê sem deficiência. Bem como a evolução científica das pesquisas sobre o desenvolvimento infantil, outras transformações ocorrem em paralelo em diferentes contextos da humanidade, o mundo tem mudado bastante nas últimas décadas, por diversos fatores. Avanços tecnológicos, sociais e a inserção da mulher no mercado de trabalho, para citar alguns, facilitaram novas formas de relação, em especial novas formas de criar filhos. Hoje, pais e mães podem contar com instituições especializadas para, além de cuidar, educar crianças e bebês enquanto os primeiros se dedicam a outras atividades. No entanto, esse "afastamento" dos pais da rotina doméstica pode gerar problemas relacionados à dimensão emocional, especificamente em relação ao grau de ansiedade sobre como criar seu bebê da melhor forma. A dinâmica da vida dos pais pode gerar a necessidade de que eles façam escolhas de ordens diversas, escolhas entre cuidar do filho ou ter uma vida profissional, por exemplo. Nesse sentido, é possível que os pais desenvolvam crenças de que podem oferecer recursos que favoreçam um melhor desenvolvimento dos bebês em ambientes especializados para isso, na expectativa de contribuir no desenvolvimento infantil ou suprir algo na relação parental, ou ainda, por outros motivos mobilizados pelas crenças parentais, as quais variam de família para família, de cultura para cultura. Fato é que estes pais podem se ver em um, ou em muitos, dilemas. Diante disso, a presente pesquisa buscou delinear alguns estudos exploratórios que forneçam subsídios para ajudar a descrever e compreender algumas variáveis do fenômeno investigado. A ideia é tentar lançar luz sobre relações contemporâneas que se mostram diferentes, no sentido de entender a influência recíproca dos elementos que aqui serão colocados em foco. A pergunta que norteia esta pesquisa é: Quais as crenças de pais/mães e educadores, sobre o papel da estimulação do desenvolvimento motor e afetivo-cognitivo de bebês entre 6 e 12 meses, realizada em um espaço de desenvolvimento infantil (diferente de creche), bem como qual o perfil de pais/mães, que buscam por estes espaços? O objetivo geral do estudo é: identificar o perfil dos cuidadores e as crenças de cuidadores e educadores sobre o papel da estimulação do desenvolvimento motor e afetivo-cognitivo de bebês, entre 6 e 12 meses, realizada em um espaço de desenvolvimento infantil diferente de creche e verificar em que medida se encontram relacionadas. Para seu desenvolvimento serão realizados três estudos: ESTUDO 1 - Identificar características de pais/ mães que frequentam um EDEI com seu bebê, através de questionário que contemple informações: sociodemográficas; hábitos culturais; rotina dos cuidadores; brinquedos que disponibilizam para as crianças; suas crenças e práticas de cuidado; metas de socialização para seus filhos; e expectativas sobre a pratica com bebê no EDEI . ESTUDO 2 - Comparar as crenças dos pais/ mães que frequentam e as crenças de pais/mães que conhecem a prática, mas optam em não frequentar um EDEI com seu bebê, sobre o papel da estimulação do desenvolvimento motor e afetivo-cognitivo de bebês entre 6 e 12 meses, realizada nestes espaços. ESTUDO 3 - Comparar as crenças dos pais/ mães que frequentam um EDEI e as crenças dos educadores que atuam como estimuladores nestes espaços, sobre o papel da estimulação do desenvolvimento motor e afetivo-cognitivo de bebês entre 6 e 12 meses realizada nestes espaços