Da realidade à verdade: a crítica de Martin Heidegger a fundamentação metafísica da verdade proposicional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Ferreira Júnior, Paulo Cesar Gil
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Ser
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12199
Resumo: Esta dissertação possui como tema central a investigação da tese de Martin Heidegger a respeito do caráter derivado da verdade proposicional com relação ao que é por ele concebido como o fenômeno originário da verdade. A interrogação sobre um horizonte mais originário da noção de verdade advém da convicção de Heidegger com respeito à negligência dos autores da tradição filosófica quanto à necessidade de uma fundamentação ontológica para a verdade proposicional. A raiz metafísica da verdade proposicional se encontraria no pressuposto aristotélico da substância (ou)si/a) como categoria fundamental do ser dos entes em geral. Heidegger, portanto, procurará desconstruir a noção de uma realidade constante e auto-subsistente como o fundamento ontológico da concepção hegemônica de verdade. A substancialidade do ser, até então, uma evidência inquestionável, passa agora a ser articulada pelo ser humano social e historicamente situado. Isso quer dizer que, de alguma forma, a concepção do ser como substância, ou presença constante, precisa ter sido estabelecida pelo ser humano e incorporada na história da filosofia de modo a se tornar a fundamentação metafísica da verdade. Todavia, Heidegger adverte que o estabelecimento da ontologia da substancialidade não é o resultado de uma simples escolha teórica humana. Ao contrário, essa fundamentação teórica estaria condicionada pelo próprio modo de ser do humano enquanto existente no mundo.