Validação metodológica para análise de mercúrio total em barbatanas de baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae Borowski, 1781) do oceano Atlântico Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Natassia Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Oceanografia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Oceanografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23083
Resumo: O mercúrio (Hg) é um elemento-traço metálico que não possui funções fisiológicas e é altamente tóxico para os seres vivos. O monitoramento do acúmulo do mercúrio em mamíferos marinhos se torna importante para investigar as mudanças da dinâmica do elemento no ambiente, e sua influência na saúde de populações. A análise do mercúrio total (HgT) em barbatanas de misticetos é uma ferramenta importante quando se deseja avaliar padrões temporais de acumulação deste metal nesses animais, visto que estes são considerados sentinelas ambientais. O objetivo do presente trabalho foi apresentar uma validação metodológica com técnicas de amostragem, descontaminação e digestão de amostras para análise de mercúrio total em barbatanas de baleias-jubarte (Megaptera novaeangliae) por espectrofotometria de absorção atômica de vapor frio (FIMS 400, Perkin Elmer). Foi utilizado o material de referência certificado DORM-5 (NRC, Canadá). Os dados foram analisados através do programa STATISTICA 7.0 para Windows. A técnica de maceração foi definida pela obtenção satisfatória das amostras e facilidade de manuseio da ferramenta utilizada. Foram testadas quatro metodologias de descontaminação do tecido, sendo mais adequada a que utilizou imersão e rinsagens em clorofórmio-metanol (2:1), e imersão em ácido etilenodiamino-tetra-acético (EDTA) (T3) (Teste de Friedman; p<0,05 seguido de teste de Tukey para N desiguais aplicados sobre postos). A região de amostragem mais apropriada para barbatanas mostrou ser sua borda labial (externa) (Teste de Kruskal-Wallis, p< 0,05 seguido de teste de Tukey para N desiguais aplicados sobre postos). Uma análise de distribuição vertical ao longo do comprimento das barbatanas mostrou que, de fato, há variações significativas nas concentrações de HgT (teste de Friedman; p<0,05). As barbatanas refletem variações na incorporação de metais, o que pode demonstrar padrões de mudanças na dieta dos animais utilizados no estudo. Os resultados das adequações metodológicas mostraram que é possível obter dados com qualidade analítica, para que futuramente possam ser abordadas discussões sobre mudanças nos padrões alimentares dos misticetos, e sua contaminação por mercúrio e também por outros metais.