Autonomia profissional do enfermeiro e suas representações sociais elaboradas por estudantes de universidades públicas federais do Rio de Janeiro: contribuições ao ensino superior em enfermagem
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11151 |
Resumo: | A busca por maior grau de autonomia profissional tem se constituído como um desafio para diversas profissões no âmbito da saúde, sobretudo para a enfermagem em suas injunções históricas e conjuntura política atual. Definiu-se como objeto de estudo a autonomia profissional do enfermeiro e suas representações sociais para acadêmicos do curso de graduação em enfermagem. Como objetivo geral buscou-se comparar as representações sociais da autonomia profissional do enfermeiro para graduandos em enfermagem de primeiro e de último períodos. Foram estabelecidos como objetivos específicos: a) descrever a estrutura e os conteúdos da representação social da autonomia profissional do enfermeiro para estudantes de primeiro e de último períodos do curso de graduação em enfermagem; b) comparar os conteúdos e a organização interna (estrutura) das representações sociais sobre autonomia profissional nos distintos grupos de estudantes; c) caracterizar o processo de constituição dos conceitos sobre autonomia profissional do enfermeiro ao longo do curso de graduação; d) analisar as influências do processo de formação do enfermeiro e das perspectivas pessoais e profissionais dos futuros profissionais na construção das representações sociais da autonomia profissional. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, pautada nos pressupostos teórico-metodológicos da Teoria das Representações Sociais em suas abordagens estrutural e processual. Os participantes, estudantes de primeiro e último período de graduação das três universidades federais localizadas na Região Metropolitana do estado do Rio de Janeiro, foram abordados por meio da técnica de evocações livres, por questionário sociodemográfico e por entrevista semiestruturada em profundidade. Foram respeitados os aspectos éticos da pesquisa que envolve seres humanos previstos na Resolução do Conselho Nacional de Saúde número 466/12. Assim, esta pesquisa foi submetida e aprovada nos Comitês de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal Fluminense e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Os dados foram analisados por meio da Técnica de Quatro Casas operacionalizada pelo software Ensemble des programmes permettant l analyse dês evocations (EVOC 2005), análise de similitude e análise de conteúdo temática instrumentalizada pelo software NVivo 11, esta última no caso das entrevistas. Como resultados, respeitadas as especificidades de cada subgrupo, a maioria dos participantes se identificou como do sexo feminino, de 18 a 26 anos, de baixa renda pessoal, com renda familiar mensal de 1 a 6 salários mínimos, sem formação técnica anterior, sem familiar na profissão de enfermagem, já tendo sido atendida por enfermeiros e possuidora de acesso a informações sobre enfermagem fora da universidade. Identificou-se que a representação social da autonomia profissional do enfermeiro elaborada por estudantes de primeiro período trata-se de uma representação não-autônoma, fortemente afetiva e que incorpora mais elementos do senso comum, enquanto que aquela elaborada por estudantes de último período, além de ser autônoma, reúne mais elementos do universo reificado e é mais racional/cognitiva. Conclui-se urgir a necessidade reflexões sobre as práticas docentes, assistenciais, de pesquisa, de ensino e de extensão relacionadas à enfermagem e sua autonomia, para que haja efetiva transformação da profissão rumo a uma enfermagem valorizada e cada vez mais profissionalmente autônoma. |