Poesia e (des)esperança: utopia, tempo e subjetividade através da obra de Moacyr Félix

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Diogo Cesar Nunes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15198
Resumo: A presente pesquisa tenta realizar uma leitura da obra poética de Moacyr Félix, tomando como orientação geral o pressuposto de que, na escrita poética, faz-se presente um transbordamento temporal, tanto em relação à temporalidade subjetiva quanto à historicidade. Em outros termos, parte-se da premissa de que o contexto do poeta não pode ser deduzido de uma estrutura predeterminada, mas vislumbrado a partir de confluências, dialeticamente mediadas, entre um particular e o um Todo que têm em comum seus caráteres inacabados, fragmentados e precários. Neste sentido, buscando atravessar a obra, procura-se estabelecer, de acordo com indicações provenientes tanto da Teoria Crítica da Sociedade, quanto de uma história intelectual ou cultural crítica e dialógica , algumas conexões entre a poesia de Moacyr Félix e uma (auto)crítica da modernidade donde a relação, que dá título ao trabalho, entre poesia e (des)esperença . Situa-se, assim, tanto o poeta quanto sua obra, nos Todos (fragmentados ou danificados) da modernidade e da lírica moderna, na intenção não de revelar o significado da produção poética, mas de vislumbrar, nos seus conflitos internos , a presença de traços que apontem para destinatários e remetentes distintos, múltiplos e, por vezes, indecifráveis. Neste traçado, todo ele fragmentado e descontínuo, a pesquisa lida mais diretamente com três questões, que o poeta chamou de irrespondíveis esfinges , a saber, a da utopia, a da temporalidade e a do sujeito (que, sem maiores pretensões, chamamos provisoriamente de questão da subjetividade ). Ao confrontar, na relação dialética entre obra e mundo exterior , os atravessamos destas três questões, a pesquisa se encaminha para tratar, mais especificamente, das relações entre linguagem, afetividade e política, tomando a poesia de Félix como suporte, por assim dizer, da investigação das dimensões temporais em cena (e sob-a-cena) com a poesia, a utopia e a afetividade