Paisagens militares: histórias, significados e fotodocumentação da Vila Militar do Rio de Janeiro - RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Abrantes, Marcelo Gonzalez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23366
Resumo: A presente dissertação tem por objetivo produzir interpretações sobre as paisagens da Vila Militar, partindo da construção de uma fotodocumentação. Esse espaço constitui-se num bairro localizado na zona oeste do Rio de Janeiro, marcado por um histórico de produção orientado pelo Exército brasileiro. Ao absorver uma lógica militarista, a área em questão acaba por apresentar marcas profundas de seu principal agente, reproduzindo assim discursos e ideologias que se remetem diretamente ao funcionamento das Forças Armadas. Inserido em meio à periferia da cidade, seu padrão visual se diferencia largamente dos bairros adjacentes dessa região. Serão examinadas as raízes da criação do Vila, no início do século XX, e os diferentes contextos no qual ela esteve inserida desde então, como a realização de grandes eventos de caráter desportivo. Na tarefa de decodificar as paisagens, assume-se a apreciação do conceito, segundo autores como Denis Cosgrove e James Duncan, que a significam enquanto textos passíveis de diferentes leituras por múltiplas audiências. Damos ênfase também à categoria de paisagens militares, definida por Rachel Woodward e que nortearam nosso processo de pesquisa. A produção de uma fotodocumentação, realizada durante os trabalhos de campo no bairro, de acordo com a metodologia de Gillian Rose, permitiu que as imagens ocupassem um lugar central ao longo da investigação e funcionassem como gatilhos para a construção de uma narrativa pautada em significados, questionamentos e reflexões acerca dos cenários militares percorridos e das respectivas mensagens visíveis ou ocultas que o Exército deseja propagar sobre si mesmo.