Da crise à restauração: o pensamento político de João Camilo de Oliveira Torres

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ramiro Junior, Luiz Carlos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12385
Resumo: O trabalho é resultado de uma pesquisa sobre o conjunto da obra do historiador, jornalista, professor e servidor público mineiro João Camilo de Oliveira Torres (1915-1973). O propósito foi o de superar uma carência de teorização sobre autores do pensamento político brasileiro. No caso de João Camilo é elementar a compreensão de como o aporte histórico serve enquanto base para um alinhamento político e ideológico. Embora tido por alguns como maldito conservador, católico, defensor do regime imperial no Brasil, e, circunstancialmente apologista da intervenção militar de 1964 -, João Camilo de Oliveira Torres deixou uma vasta obra que forneceu bases importantes à história política do Brasil Império, história da Igreja no Brasil, e de conjuntura política, e mudanças institucionais. Pretende-se explorar os principais debates, confrontos e horizontes políticos do autor, e de que forma procurava responder às várias dimensões da crise brasileira, a ponto de mobilizar abordagens políticas que remontam à consolidação do Brasil como estado-nação, assim como conceitos centrais da ciência política à luz dos problemas concretos, tendo como destino um projeto de restauração. A tese é a de que João Camilo de Oliveira Torres calibrou a sua obra dentro de um movimento que, para encarar as crises dos anos 1960, em especial, resgata os fundamentos da ordem política brasileira, a fim de encontrar um fator de movimento, o que dá uma conotação para o seu elogio ao conservadorismo. Por conseguinte, se lança a propostas institucionais e programáticas para uma restauração. Se o sentido desse movimento está na sua teoria da história, a base de referência reside no pensamento católico do autor, que procura nas encíclicas papais e na nova teologia elementos de uma afirmação e reconquista