Espécies dioicas nativas de restinga: análise da estrutura anatômica do lenho e do comportamento fenológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Dara Gomes dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7909
Resumo: Estudos relacionados a comparações anatômicas e fenológicas entre indivíduos produtores de flores pistiladas e estaminadas (espécies dióicas) ainda são raros na literatura, sendo, portanto, uma área de grandes indagações e possíveis descobertas. Com isso, a estrutura anatômica do lenho de Clusia fluminensis Planch. & Triana e de Schinus terebinthifolia Raddi, duas espécies lenhosas dioicas e nativas de Restinga, foi descrita e comparada entre os dois grupos de indivíduos e entre as duas espécies. Além disso, o comportamento fenológico vegetativo e reprodutivo de S. terebinthifolia foi monitorado e analisado mensalmente por 21 meses. Para a caracterização anatômica da madeira foram obtidas amostras de nove indivíduos pistilados e nove estaminados de cada uma das espécies que foram processadas segundo as técnicas usuais para estudos de anatomia. Para o acompanhamento fenológico, foram selecionados e monitorados 36 indivíduos de S. terebinthifolia, sendo 20 pistilados e 16 estaminados. A estrutura anatômica do lenho das duas espécies não apresentou diferenças qualitativas entre os tipos de esporófitos, permitindo para ambas uma única descrição qualitativa e ratificando a homogeneidade do grupo de caracteres investigados em nível intraesporofítico. No entanto, dos 23 caracteres anatômicos quantitativos confrontados estatisticamente, seis apresentaram diferenças significativas entre os dois grupos de esporófitos em C. fluminensis e três caracteres apresentaram diferenças significativas em S. terebinthifolia. A análise comparativa interesporofítica realizada evidenciou os aspectos taxonômicos entre as duas espécies estudadas e revelou um padrão de variação para sete dos parâmetros anatômicos avaliados em que os indivíduos estaminados apresentam valores superiores aos pistilados. S. terebinthifolia foi classificada como espécie perenifólia com ritmo de fenofases semelhante entre esporófitos pistilados e estaminados. A fenologia reprodutiva foi sincrônica para os dois grupos de esporófitos e apresentou pico de intensidade de floração no mês de março e de frutificação em abril no sítio investigado.