Respostas a distúrbios ambientais: o uso de esponjas marinhas como modelo biológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Amanda Guilherme da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17643
Resumo: As esponjas são importantes componentes dos ecossistemas marinhos tropicais e são consideradas boas indicadoras ecológicas e produtoras de compostos bioativos. Nesse contexto, os objetivos desse estudo foram: apresentar lacunas nos estudos de revisão sobre as principais respostas das esponjas a determinadosdistúrbios ambientais; realizar um estudo aplicado correlacionando um índice relativo de impacto ambiental (IRIA) às respostas metabólicas de duas esponjas na Baía de Ilha Grande, Desmapsamma anchorata Carter, 1882 e Mycale angulosa (Duchassaing e Michelotti, 1864), observando ainda, se esse índice pode ser considerado uma variável preditora a outros fatores comumente testados em avaliações ambientais; avaliar as respostas da esponja D. anchorata aos distúrbios ambientais: exclusão de predadores, enriquecimento de nutrientes (top-down e bottom-up), sombreamento por meio de crescimento e produção de metabólitos secundários; e avaliar a existência de trade-off entre o crescimento e a produção química de D. anchorata. O capítulo de revisão detectou que, até o momento, os estudos são geograficamente concentrados, e que as respostas estão muito restritas a crescimento e abundância das esponjas. Isso mostra a importância de integração desses resultados à dinâmica de produção de defesas químicas. Houve relação positiva entre a concentração de nutrientes e o IRIA. A análise por espectroscopia Raman in situ, dos tecidos manipulados de D. anchorata, revelou diferenças na sua composição química entre os ambientes que possuíam IRIA mais altos e mais baixos, porém o mesmo não foi observado para a composição de metabólitos de M. angulosa. Foi observada uma variação temporal nas taxas de crescimento no período de 131 dias dos bioensaios. Os esteróis (3,22E)-colesta-5,22-dien-3-ol, (3)-colesta-5-en-3-ol,(3)-ergosta-5-en-3-ol, (3,24Z)-24-propilideno-colesta-5-en-3-ol, (3,22E)-ergosta-5,22-dien-3-ol, (3)-colesta-5,24-dien-3-ol, (3,22E)-estigmasta-5,22-dien-3-ol), e (3,24E)-estigmasta-5,24(28)-dien-3-ol, (3,24Z)-estigmasta-5,24(28)-dien-3-ol, colesta-5-en-3-ona mostraram-se eficientes como biomarcadores de estresses por enriquecimento de nutrientes, exclusão de predadores e pelo sombreamento. Desmapsamma anchorata não apresentou relação significativa entre produção metabólica e crescimento. Os resultados indicam o uso de D. anchorata como modelo biológico por ser capaz de detectar mudanças nas comunidades marinhas bênticas.