Petrogenetic relationship between the Abrolhos Volcanic Complex (AVC) and the Vitória-Trindade Ridge (VTR) magmatism, Southeast Brazilian Margin, South Atlantic Ocean

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Maia, Thais Mothé
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18685
Resumo: O Complexo Vulcânico de Abrolhos (CVA) é uma província ígnea localizada na Margem Sudeste Brasileira no limite Continente-Oceano. O CVA emerge em cinco ilhas (Santa Bárbara, Redonda, Siriba, Sueste e Guarita) que compõem o Arquipélago de Abrolhos, localizado a sudeste (cerca de 55 km) da cidade de Caravelas (BA). A Cadeia Vitória-Trindade (CVT), localizada cerca de 110 km a Sul do CVA, corresponde a uma cadeia ígnea de cerca de 1.200 km de extensão composta por edifícios vulcânicos que se estendem desde a costa brasileira até as águas profundas do Atlântico, latitude 20ºS (Vitória, ES). O CVA e a CVT mostram um vulcanismo com ligeira progressão de idade consistente com o movimento da placa sul-americana em direção a Oeste, apoiando, assim, a origem a partir do hotspot de Trindade. Neste contexto, após trinta anos sem uma descrição petrológica detalhada publicada sobre o magmatismo do CVA, este estudo visa apresentar uma nova descrição de campo, petrografia, dados litogeoquímicos e composições isotópicas Sr-Nd das ilhas de Abrolhos. Também são apresentados novos dados de modelagem para alguns montes submarinos da CVT. As rochas do Arquipélago de Abrolhos compreendem uma série transicional de afinidade alcalina do Paleoceno-Eoceno com rochas relativamente evoluídas com elevado teor de TiO2, enquanto que as rochas dos edifícios vulcânicos da CVT compreendem uma série de afinidade alcalina do Mioceno-Pleistoceno fortemente subsaturada em SiO2 com amostras menos evoluídas. As rochas magmáticas mapeadas nas ilhas de Abrolhos são intrusões pouco profundas, em maioria sills, e devem ser agrupadas em unidades de diabásio. Os diagramas de elementos maiores e traço das ilhas de Abrolhos mostram uma grande dispersão de dados quando plotados em função de índices de fracionamento (MgO e Zr), sugerindo assim um envolvimento de um processo evolutivo complexo, possivelmente o RTF (magma replenishment, tapping, and fractionation) ligado à evolução do plumbing system. As composições de elementos traço dos montes submarinos da CVT (Vitória, Montague, Jaseur, Dogaressa, Davis e Colúmbia) são consistentes com uma taxa de ≤ 4% de fusão parcial da fonte no campo de estabilidade da granada. Os dados isotópicos novos e compilados do CVA sugerem uma fonte mantélica astenosférica empobrecida (representada pelo DMM) metasomatizada por um componente enriquecido (EMI), e possivelmente um constituinte do tipo HIMU. Nossos cálculos de mistura sugerem uma mistura de 75% de DMM, com <15% de EMI, e possivelmente até 10% de HIMU na fonte do CVA. Para os montes e ilhas da CVT a mistura seria 90% de DMM com <10% de EMI, e para o Monte Vitória e Banco Davis as contribuições do EMI variam entre 20% e 25% no DMM. O alinhamento vulcânico entre o CVA e a CVT, em conjunto com a sobreposição dos dados litogeoquímicos e isotópicos de suas rochas, não pode ser uma característica aleatória, mas sim representar a amostragem de reservatórios semelhantes de um manto raso, sugerindo assim uma relação cogenética. Finalmente, uma possível ligação petrogenética entre os magmatismos do CVA e da CVT é discutida.