A influência do crescimento em biofilme na susceptibilidade a antimicrobianos em Pseudomonas aeruginosa associadas a infecções pulmonares crônicas em pacientes com fibrose cística

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Ferreira, Alex Guerra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20256
Resumo: A infecção pulmonar crônica por Pseudomonas aeruginosa em pacientes com fibrose cística (FC) está associada a um dano progressivo do tecido pulmonar, que tem como conseqüência à falência respiratória e morte na maioria dos pacientes. A antibioticoterapia traz importantes contribuições, porém a capacidade deste microrganismo em persistir no ambiente pulmonar após o tratamento pode estar relacionada com a formação de biofilme e a resistência a ação dos antimicrobianos nesta forma de crescimento. Em 40 amostras de P. aeruginosa obtidas de 20 pacientes fibrocísticos com infecção crônica: analisamos a capacidade de formação de biofilme, comparamos as concentrações inibitórias mínimas de cinco antimicrobianos nas duas formas de crescimento, planctônica (CIM) e biofilme (BIC) e fizemos a tipagem molecular pela técnica de PFGE. Todas as amostras mostraram-se capazes de formar biofilme, sendo que 47,5% e 45% delas revelaram capacidade moderada e fraca, respectivamente e não houve diferença significativa entre os morfotipos não mucóide e mucóide. Ao compararmos CIMs e BICs verificamos aumentos significativos para todos os antimicrobianos. Todas as amostras foram susceptíveis aos aminoglicosídeos pela CIM, porém na BIC os índices de resistência foram de 92,5%; 85% e 45% para tobramicina, gentamicina e amicacina, respectivamente. A tipagem molecular revelou uma grande diversidade entre as amostras (27 perfis), já que 75% dos pacientes mostraram-se colonizados por cepas distintas. Entretanto, alguns pacientes apresentaram-se colonizados por amostras com o mesmo perfil. Correlacionando os perfis clonais encontrados com a formação de biofilme e os valores da BIC, verificamos que não houve associação entre nenhum perfil e o comportamento fenotípico. Nossos resultados reforçam a necessidade de padronização e implementação de testes in vitro que possam detectar essas peculiaridades e que representem de maneira mais fidedigna a verdadeira fisiopatologia das infecções pulmonares por P. aeruginosa, impactando de forma positiva na conduta médica frente aos pacientes.