"Do mais fiel e humilde vassalo": uma análise das dedicatórias impressas no Brasil Joanino
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13133 |
Resumo: | O presente trabalho busca analisar a prática do oferecimento de dedicatórias impressas em um Brasil que acabava de se tornar impressor. As dedicatórias, representativas das práticas de homenagem e das relações de mecenato, são símbolo das relações políticas apoiadas na hierarquia vigente, e das trocas efetuadas na busca por poder e influência. Em uma época onde viver da própria pena constituía um desafio, era necessário utilizar-se das convenções para adquirir patrocínio e proteção, e o oferecimento público de lealdade e submissão através das páginas dos livros abria possibilidades de inclusão na sociedade de corte e de aquisição das benesses reais. A abertura da Impressão Régia contribuiu como nenhuma outra medida para o despertar da vida cultural da nova corte, atuando na circulação de escritos, de idéias, e de relações de sociabilidade. Nesse ambiente, a necessidade de conquistar as boas graças do soberano para obter prestígio fez com que as primeiras publicações do início do oitocentos já contassem com páginas destinadas às dedicatórias, cujo tom laudatório visava a convencer sobre o merecimento de mercês e favores. Muitas das obras publicadas Impressão Régia no período foram explicitamente dedicadas a alguma figura social ou política importante, e um número expressivo dirigiu-se ao soberano D. João. Muitos letrados alcançaram uma trajetória bem sucedida, outros não conquistaram sucesso; mas a utilização dos elogios impressos ao longo da carreira literária de muitos permite observar que a prática atravessou o oceano com a Família Real, e perdurou ao longo do oitocentos no Brasil. |