Doenças infecto-parasitárias e mudanças ambientais no Brasil: espacialização dos conhecimentos científicos produzidos pelos grupos de pesquisa do CNPQ entre 2000 e 2010

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ramos, Rafaela Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Multidisciplinar
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14320
Resumo: O Brasil se depara com quadros endêmicos de várias doenças, dentre elas as Leishmanioses e as Hantaviroses. As consequências desta realidade, sejam de ordem social como econômica, trazem grandes desafios para o campo científico, cujo propósito central, neste caso, é analisar e formular políticas públicas de prevenção, manejo e tratamento das doenças infecto-parasitárias, emergentes e reemergentes, cujo aumento da incidência está, em diversos contextos, associado a quadros de degradação ambiental. Neste cenário, verifica-se a necessidade de compreensão da dinâmica ecológica da emergência/reemergência de diferentes doenças infecto-parasitárias, o que implica incorporar a abordagem ecológica na resolução de problemas de saúde, que envolvam doenças resultantes das complexas inter-relações entre seres humanos, animais (não humanos) e ecossistemas. Uma questão complementar é saber quem produziu conhecimentos sobre doenças infecto-parasitárias no Brasil na primeira década do século XXI? Como os produtores desses conhecimentos estão distribuídos no território nacional? Em quais instituições esses atores têm produzido conhecimentos sobre doenças infecto-parasitárias? Qual é o volume de artigos científicos publicado? Há uma relação, identificável nos artigos científicos, entre a distribuição espacial das áreas geográficas estudadas pelos pesquisadores em doenças infecto-parasitárias e os biomas brasileiros? A perspectiva ecológica de abordar as inter-relações entre saúde e meio ambiente está presente nesta produção científica? Trata-se aqui de explorar a hipótese segundo a qual as políticas de CT&I em saúde ainda não conseguiram ampliar a distribuição espacial, no território nacional, de grupos de pesquisa, no esforço de reverter a concentração das pesquisas na região Sudeste. Através de uma metodologia quantitativa de análise e representação gráfica das informações disponíveis no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq e no banco de dados Sistema Pesquisa Saúde do Ministério da Saúde entre 2000-2010, concluiu-se não haver uma correlação entre o número de grupos de pesquisa de uma determinada região ou estado e o volume de produção de conhecimento sobre determinadas doenças, porque esta produção não está, necessariamente, voltada para a compreensão de doenças infecto-parasitárias, no seu contexto geográfico e ambiental.