A fé pelas palavras: trajetória de Judith Tranjan na educação metodista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Garcez, Priscila de Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10748
Resumo: Este estudo tem o objetivo de interpretar a trajetória de Judith Tranjan na educação metodista, em âmbito eclesial. Por meio de suas narrativas e textos escritos, em impressos religiosos, busco apresentar a biografia de Judith nos diferentes espaços por onde atuou: como discente e docente do Instituto de Educação, na Escola Dominical, lecionando e escrevendo para crianças e professores e, como autora de textos para o público feminino. O recorte inicial escolhidotem como marco, o ingresso de Judith no Instituto de Educação (localizado no Rio de Janeiro, então Distrito Federal), em 1932 e se amplia até 1968, ano que aponta para o seu último artigo na Igreja Metodista. Por meio de suas palavras narradas e escritas, busco vestígios que indicam a presença de JudithTranjan no espaço público religioso e que possam evidenciar sua história no metodismo. A projeção que teve na igreja representa, também, a história de diversas mulheres que não integraram os ícones protestantes.Nessa perspectiva, as questões colocadas são: qual o lugar ocupado por Judith Tranjan na educação metodista? De que forma seus textos refletiram o pensamento sobre educação nas igrejas da época? Na tentativa de responder às indagações apresentadas, no primeiro capítulo situo Judith Tranjan entre as demais mulheres protestantes que, por meio do acesso à escolarização, puderam exercer funções dentro e fora das igrejas; algumas, com notável projeção no espaço público. Em seguida, apresento as suas memórias como normalista e docente do Instituto de Educação, além da participação, como colaboradora, do impresso Compêndios de Ensino Religioso Jesus, o melhor amigo, editado em 1949, pela Confederação Evangélica do Brasil, para o Ensino Religioso nas escolas primárias e adotado pelo Instituto de Educação, no mesmo ano. No segundo capítulo, perscruto os textos que Judith escreveu para dois impressos protestantes: a Revista do Curso Intermediário da Escola Dominical e a Revista do Professor da Escola Dominical, ambas escritas entre 1949 e 1951, também editadas pela Confederação Evangélica do Brasil,a fimde apontar práticas pedagógicas desenvolvidas por Judith, para além do espaço escolar, relacionadas à docência que exerceu na Escola Dominical da Igreja Metodista de Vila Isabele à formação técnica e teológica dos professores que atuariam nesta mesma agência de ensino. Alguns pressupostos escolanovistas, aprendidos por Judith no Instituto de Educação, foram incorporados às lições que prescreveu nos dois impressos expostos. No terceiro capítulo, as palavras de Judith Tranjan relacionam-se às representações do feminino, pregadas pelos protestantes, particularmente os metodistas. Dessa forma, os artigos escritos por Judith, para a revista Voz Missionária, apontam o lar, como espaço prevalecente de atuação das mulheres, com temáticas sobre casamento, família e maternidade, demonstrando, de certo modo, um pouco da história de si mesma.Assim, estudar a trajetória de Judith Tranjan, na educação metodista, constitui uma possibilidade de contribuir para legitimar a sua voz e de tantas outras mulheres que permaneceram caladas ou invisibilizadas na historiografia protestante