O Gótico feminino na literatura brasileira: um estudo de Ânsia eterna, de Júlia Lopes de Almeida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Ana Paula Araujo dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6892
Resumo: Desde a sua origem na Inglaterra do século XVIII, a ficção gótica contou com uma significativa contribuição de escritoras. Da relação entre o Gótico e a escrita feminina originou-se uma tradição ficcional que Ellen Moers (1976) nomeou de Gótico feminino . A adoção de uma perspectiva aliada aos interesses da mulher trouxe para o Gótico horrores específicos: os segredos domésticos; os abusos físicos e/ou psicológicos sofridos; e o cotidiano dominado por figuras patriarcais opressoras. Propõe-se, nesta dissertação, em primeiro lugar, descrever as principais características das obras do Gótico feminino, tendo por base teórica os estudos empreendidos por David Punter (1996) e Fred Botting (1996), bem como as proposições de Anne Williams (1995) a respeito dos enredos e das principais temáticas dessa tradição. Buscamos ainda demonstrar que esta linhagem do Gótico ofereceu às escritoras brasileiras do século XIX recursos para retratarem a difícil condição da mulher na sociedade. Para tal, empreendemos uma análise da obra da escritora carioca Júlia Lopes de Almeida, cujo livro de contos Ânsia eterna (1903) apresenta amplas consonâncias com a tradição feminina da literatura gótica.