Associação de gordura visceral e ectópica com doença coronária em pacientes com obesidade e sobrepeso sem síndrome metabólica
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22592 |
Resumo: | A obesidade/sobrepeso é uma pandemia mundial, doença inflamatória crônica e multifatorial que afeta pacientes de todas as idades e rendas em todo o mundo. As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo. A angiotomografia de coronárias com a avaliação do escore de cálcio é um método de imagem não invasivo confiável para a identificação de doença arterial coronária (DAC) e estratificação de risco cardiovascular. A avaliação da composição corporal realizada através da ressonância magnética (RM) vem ganhando mais atenção para estratificação de risco cardiovascular e pode auxiliar substancialmente a abordagem destes pacientes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a associação da composição corporal com a DAC subclínica em pacientes com obesidade e sobrepeso sem critérios para síndrome metabólica. Estudo transversal realizado em indivíduos entre 40 e 75 anos, com índice de massa corporal ≥ 25 e < 40 kg/m², sem síndrome metabólica. Os participantes foram submetidos a exame clínico, laboratorial, angiotomografia de coronárias e RM para avaliação de composição corporal. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a presença (DAC+, n=10) ou ausência (DAC-, n=14) de alterações na angiotomografia coronária, sendo 67% do sexo feminino (n=16), e média de idade de 54 anos para as mulheres e 47 anos para os homens. O grupo DAC+ apresentou níveis séricos significativamente maiores de desidrogenase láctica (LDH, 177 (164 – 220) vs 360 (192 – 403), p=0,013) e de homocisteína (12 (10 – 14) vs 18 (13 – 22), p=0,004). A LDH apresentou correlação com insulina (r=0,52, p=0,009), HOMA-IR (r=0,44, p=0,031) e com a gordura muscular paraespinhal por RM (r=0,72, p<0,001), que permaneceram significativas mesmo após ajuste para sexo e idade. O percentual de gordura muscular paraespinhal avaliada por proton density fat fraction (PDFF) por RM foi significativamente maior no grupo DAC+ (6,8 ± 0,5 vs 10,0 ± 1,0, p=0,010). Em conclusão, este estudo demonstrou que a mioesteatose e maiores níveis séricos de LDH e homocisteína foram associados com DAC subclínica em indivíduos com sobrepeso/obesidade sem síndrome metabólica. Desta forma, os achados sugerem o potencial da utilização da angiotomografia coronária, parâmetros bioquímicos e da RM para melhor avaliação do risco cardiovascular nesta população |