Avaliação dos níveis de vitamina D e sua relação com índices antropométricos, marcadores metabólicos e inflamatórios séricos antes e após pelo menos 1 ano de intervenção baseada na orientação sobre mudanças de estilo de vida em crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20302 |
Resumo: | A abordagem da obesidade infanto-juvenil requer estrutura multidisciplinar com objetivo de melhorar a adesão ao tratamento e maiores taxas de sucesso. Os efeitos extraesqueléticos da vitamina D e sua relação com a obesidade têm sido estudado nos últimos anos. Apesar dos mecanismos fisiológicos não serem completamente compreendidos, há evidências da associação da vitamina D com alguns fatores de risco cardiovascular em crianças. O objetivo desta pesquisa foi avaliar os níveis de vitamina D e seu comportamento em relação a índices antropométricos, marcadores metabólicos e inflamatório no início e após pelo menos 1 ano de intervenção baseada em mudança de estilo de vida, sem orientação específica para ingestão de vitamina D, através de programa multidisciplinar em crianças e adolescentes com excesso de peso. Realizou-se estudo longitudinal de intervenção em 49 crianças e adolescentes entre 5 a 15 anos A intervenção foi baseada nas orientações da Academia Americana de Pediatria. Os participantes foram avaliados no ínicio e após, pelo menos, 1 ano da intervenção. As avaliações ocorreram a cada 3 meses e aqueles que não compareceram a 4 avaliações consecutivas foram considerados acompanhamento não regular. Não houve mudança significativamente estatística nos níveis de vitamina D. No grupo com acompanhamento regular houve uma correlação positiva do delta da vitamina D com a relação cintura-estatura ponto médio(p=0,018) e relação cintura-estatura crista ilíaca (p=0,025). Não houve nenhuma correlação entre vitamina D e marcadores metabólicos e inflamatórios séricos. Houve melhora discreta estatisticamente significativa nos índices antropométricos, pois houve queda no escore Z de índice de massa corpórea (3,01- 2,83 p= 0,0001), escore Z da circunferência da cintura (2,17-2,02 p=0,0001) e relação cintura-estatura ponto médio (0,60-0,59 p=0,025) no grupo com acompanhamento regular. Não houve mudanças estatisticamente significativas nos marcadores metabólicos e inflamatórios. No grupo com acompanhamento não regular observou-se que houve piora nos índices antropométricos, aumento na pressão arterial sistólica (110-120 p=0,033) e da relação cintura-estatura ponto-médio (0,59-0,61 p=0,031). Na comparação dos dois grupos, observouse que variação cintura/tempo de seguimento foi maior no grupo não regular do que naqueles que mantiveram regularidade no acompanhamento nutricional (3,81-0,99 p=0,022), assim como a relação cintura-estatura ponto médio (0,61-0,59 p =0,034) e a pressão arterial sistólica (120-110 p=0,026). Os resultados mostram que não houve diferença nos níveis de vitamina D e estes não se correlacionaram com marcadores metabólicos e inflamatórios após pelo menos 1 ano da intervenção, independente da regularidade do tratamento. Os achados sustentam a idéia de que a obesidade infantil é uma doença crônica, a qual exige cuidados de saúde específicos, dedicação intensiva e investimento de tempo dos profissionais de saúde a longo prazo, apoiando a necessidade de um modelo de tratamento de cuidados crônicos. |