Investigando a relação de crianças na/com a cidade de São Gonçalo: identidades e pertencimentos na (trans)formação de infâncias do Condomínio Venda da Cruz
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20268 |
Resumo: | A presente pesquisa tem como objetivo investigar a relação de infâncias com a cidade de São Gonçalo, trazendo como delimitação o processo de construção de relações de identidades e pertencimentos de crianças e adolescentes no Condomínio Venda da Cruz, localizado na cidade, no bairro de mesmo nome, após a mudança de seus outros bairros (territórios de pertencimento) dos quais saíram - no que vem se entendendo como um processo de migração forçada – a partir de políticas públicas de reassentamento. Buscou-se uma investigação cúmplice de abordagem qualitativa, etnográfica, pela qual crianças, partícipes da investigação e da produção de saberes outros, são compreendidas como sujeitos de direito, constituídos histórica, social e culturalmente, com o aporte, principalmente, da Sociologia da Infância. Autoras e autores como Castro, Santos, Tavares, Lefebvre, Arendt, Benjamin, entre outras e outros, auxiliaram-me a pensar as experiências de nossos encontros e desencontros – a partir do advento da pandemia que atravessou a pesquisa no meio de seu processo. Assim como, refletir sobre as relações das crianças e seus contextos de ação política, especialmente nos espaços coletivos públicos, reafirmando a constante tensão entre sua formação para cidadania e as relações entre os diferentes grupos etários; principalmente ao sofrerem, para além de uma mudança, a interrupção da pesquisa, ocasionando um desvio no conjunto de interlocutores e também nas geografias experienciadas no percurso da investigação. Do ponto de vista metodológico, foi dada especial atenção às narrativas expressas pelas crianças, em suas múltiplas linguagens que abarcam as infâncias: brincadeira, literatura, corporeidade, seus desenhos, que têm sido dispositivos de produção de dados junto às crianças. Os conceitos do “recém-chegado”, pensando a criança como a estrangeira, aquela que chega a um mundo que a precede; e “educabilidade”, tomando a Educação como relacional e dialógica, para além da escolarização e possível “não apenas para nos adaptar mas sobretudo para transformar a realidade, para nela intervir, recriando-a” (FREIRE, 1996, p. 35); foram essenciais para investigar e compreender as relações de crianças na/com a cidade e as (trans)formações derivadas dessas experiências. |