Paul Ricoeur: a “reflexão concreta” como superação da dimensão transcendental da fenomenologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Alves, Maria da Conceição de Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17144
Resumo: Interpretação de razões teóricas que justificariam o “enxerto” hermenêutico na fenomenologia, promovido por Paul Ricoeur através de um exercício de “reflexão concreta”, voltada ao sentido das obras de cultura, enquanto realização dos atos de consciência. A partir da compreensão de Ricoeur da fenomenologia transcendental husserliana, é possível considerar sua contribuição ao “movimento fenomenológico” como um modo de ultrapassagem desta mesma dimensão transcendental, relacionando sua fenomenologia à propositura de uma ontologia do ato, como o ethos próprio do cogito. Promove-se também uma compreensão de sua metodologia hermenêutica, considerada como disciplina do múltiplo, isto é, rigorosa e criteriosa abordagem das regras que presidem a interpretação não somente das expressões equívocas, mas também dos múltiplos sentidos dos textos, perante os quais nos autocompreendemos. Por fim, pretende-se o desenvolvimento de uma interpretação do significado da “tarefa” da consciência, ou seja, do exercício do tornar-se consciente, considerando-o como o meio privilegiado de constituição de um sujeito ético, para além do esforço específico da reflexão filosófica. Para Paul Ricoeur a tarefa da consciência tem a mesma envergadura que a da reflexão: um modo de promoção e expansão das esferas de sentido que devemos assumir para nos tornarmos um “soi-même”, quer dizer, humanamente emancipados.