Andar no passado seguindo Kini Kia bakulu (a sombra dos ancestrais): a cura afro-pindorâmica de cuidados no parto
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21929 |
Resumo: | O presente estudo analisa os conhecimentos e práticas de cuidados ao parto, com ênfase nas perspectivas afro-pindorâmicas. Compartilho algumas experiências vividas em uma vila na região litorânea da Bahia, onde trabalho com outras mulheres desempenhando papéis de cuidadoras e profissionais do parto, como parteiras, aprendizes, doulas e n'sânsi. Em conjunto, refletimos sobre a história, a preservação e a [re]construção de conhecimentos africanos e ameríndios relacionados à gestação, parto, cuidados com crianças e à saúde integral dos nossos corpos-mente. Nessa escrita, destacamos sobre um pluriversalidade do parto em contraposição a uma monocultura, monoracionalidade, das práticas de nascimento. Valorizar esses saberes locais em contraposição ao conhecimento biomédico hegemônico, que muitas vezes não atende, em especial, às necessidades comunidades negroameríndias. Além disso, discutimos a intersecção das opressões, especialmente durante a assistência ao parto institucionalizado, e a necessidade de uma abordagem de cuidado mais atenta às nossas realidades. A pesquisa também focaliza a relevância da continuidade dos cuidados, baseados nas cosmovisões afrodiaspóricas e ameríndias, confluentes, como uma forma de resistência ao colonialismo, ao racismo e ao ontoepistemicídio. |