Parque do Flamengo revisitado: uma investigação geográfica através do pensamento de Henri Lefebvre
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19817 |
Resumo: | A tese ora apresentada investiga, a partir de uma perspectiva geográfica, o Parque do Flamengo (1961-1965), monumental espaço espraiado entre a Zona Central e a Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. Para o objetivo central aqui proposto – responder à pergunta mais básica e mais vital: o que é essencialmente esse espaço, o Parque do Flamengo? – invocamos o conceito de de espaço urbano e o método dialético regressivo-progressivo de autoria do pensador francês Henri Lefebvre. Procedimento baseado em Karl Marx que estabelece que para a compreensão crítica de um espaço devemos retroceder ao momento da produção de seus principais elementos (datação). Outro passo é identificar as continuidades e descontinuidades que produzem e reproduzem (n)este espaço ao longo do tempo. Seguindo essa lógica, somos levados a dois grupos de “coordenadas”. O primeiro formado por dois loci públicos que em muitos aspectos – concretos e simbólicos, arquitetônicos e paisagísticos – antecedem o Parque do Flamengo: o Passeio Público, erigido em tempos coloniais (1783), e a republicana Avenida Beira-mar (1906). O segundo conjunto de “pontos cardeais” nos conduz a duas aniquilações e a um aterramento. As demolições do Morro do Castelo (iniciada em 1904) e do Morro de Santo Antônio (durante os anos 1950 e 1960). Ações urbanas polêmicas que demandaram altos custos econômicos, históricos e socioculturais. Com os despojos desses acidentes geográficos será aterrada parte da Baía de Guanabara dando origem ao Aterro do Flamengo, chão sobre qual será erguido o Parque do Flamengo e outros fixos. Um deles é o MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, que também guarda ligações genéticas com nosso objeto. É pois, a partir da datação e de regressões e progressões receitadas pelo método lefebvriano, que enfrentamos as complexidades e contradições espaciais que incidem sobre o Parque do Flamengo. Entre esses, sua flagrante degradação estrutural e a privatização de certas áreas. Processos que colocam em risco sua condição de espaço público e tombado. |