Oswaldo Goeldi, o fantástico e as ambiguidades contemporâneas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Souza Neto, Agostinho Lage Ornellas de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Artes
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7470
Resumo: Compreender o caráter ambíguo da temática de Oswaldo Goeldi é o grande desafio proposto pelo artista a todos que, de forma geral, estão inseridos em uma compreensão mediana e superficial dentro do cotidiano. Numa atmosfera fantástica, Goeldi procura tornar as paisagens, seus seres e objetos mais ambíguos ainda. E devido à perplexidade que seus trabalhos causam aos espectadores torna-se impossível fechar um único conceito ou opinião sobre o caráter dos desenhos e gravuras deste artista situado entre os extremos da luz e das sombras. Comparando as obras de Goeldi com o gênero literário fantástico, que é caracterizado por um mundo individual regido pelas incertezas de cada um, segundo Tzvetan Todorov em sua obra Introdução à Literatura Fantástica, pode-se vislumbrar nas obras de Goeldi duas condições: ou o ser estranho é uma ilusão, um ser imaginário, ou então existe realmente, exatamente como os outros seres vivos, mas com a ressalva de que raramente o encontramos. Vida ou morte? Real ou irreal? Dessa forma, podemos dizer que Goeldi foi um expressionista que viveu uma realidade fronteiriça entre o interior e exterior, a qual não era menos fantástica do que real. Uma questão que permanece atemporal até os dias de hoje conforme veremos nas obras de Nuno Ramos, José Rufino e William Kentridge