A identidade indígena, o letramento e as tecnologias hipertextuais no Referencial Curricular Nacional para a Educação Indígena (RCNEI)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rufino, Angela Maria dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18142
Resumo: No contexto da escolaridade formal uma série de autores realçam a relevância da educação como elemento nevrálgico para atenuar as desconformidades sociais enfrentadas pelas comunidades indígenas. Por outro lado, argumenta-se que se o legado do colonialismo tratou de uma manifestação comparticipada, então, a resistência desses sujeitos contra o processo de aculturação não se trata de uma questão exclusiva das sociedades autóctones. Logo, o descolonialismo precisa partir de um viés que incite a colaboração e o engajamento de diversas entidades que estejam fortemente comprometidas com a autonomia e com a preservação das identidades dos povos originários. Diante dessa premissa, estabeleceu-se como objetivo geral: Analisar o Referencial Curricular Nacional para a Educação Indígena (RCNEI), junto à habilidade de letramento indígena, com foco para o emprego dos dispositivos hipertextuais. Metodologicamente, a pesquisa encontra-se fundamentada em uma metodologia teórico conceitual e aplicada. O estudo indicou que as populacões nativas perseveram em um sistema de enclausuramento porque as suas narrativas orais ainda são tidas, apenas, como componentes místicos e fantasiosos; que as identidades indígenas permanecem em uma situação de risco, devido ao pensamento cartesiano que tende a considerar que o cidadão indígena, de fato, autêntico, necessita manter determinados costumes e viver na floresta; que a linguagem oral indígena encontra-se aquém de ser incorporada no currículo educativo como categoria científica; que a sobreposição de um programa educativo nacional não atende, nem de longe, as expectativas de aprendizagem das comunidades nativas; que embora as tecnologias hipertextuais apresentem potencial para visibilizar as práticas oralizadas dos povos autóctones, o espaço cibernético continua sendo um território inacessível às coletividades indígenas; que as tecnologias hipertextuais, quando empregadas num contexto que visa a equidade social podem possibilitar a valorização de letramento indígena e, por conseguinte, do identitário indígena.