Análise das alterações de mecânica ventilatória e capacidade funcional em pacientes com anemia falciforme
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12706 |
Resumo: | A anemia falciforme (AF) é uma doença genética hereditária que resulta na conversão da hemoglobina (Hb) de uma forma côncava (Hb A) para uma forma em foice (Hb S). Como consequência, ocorre comprometimento em vários órgãos, sobretudo os pulmões, que são frequentemente acometidos nesta doença através da síndrome torácica aguda (STA). Além de ser a maior causa de óbito e a segunda maior causa de internação hospitalar na AF, a STA apresenta correlação com quadro de disfunção cognitiva nesses pacientes, resultante de acidente vascular cerebral provocado pela vaso-oclusão dos capilares que irrigam o cérebro. Para investigar as doenças pulmonares, a realização dos testes tradicionais de função pulmonar é fundamental; porém, nestes pacientes, sua execução pode ser muito dificultada devido a limitação em compreender o exame. A Técnica de Oscilações Forçadas (TOF) pode ser uma ferramenta útil na investigação de anormalidades pulmonares nessa população, uma vez que sua execução é simples, não requer esforço e é indicada em pacientes com deficiência cognitiva. Embora este método apresente elevado potencial em aprimorar as avaliações respiratórias, não existem trabalhos, em particular nos pacientes com AF, publicados neste sentido. Nesse contexto, os objetivos desta pesquisa foram: aprofundar o conhecimento sobre a fisiopatologia da STA, analisar o potencial da TOF em diagnosticar precocemente as alterações de mecânica ventilatória e avaliar o perfil da capacidade funcional dessa população. Trata-se de um estudo transversal controlado. Os pacientes foram submetidos aos testes de função pulmonar, TOF e teste de caminhada de seis minutos (TC6M). No grupo controle (GC), foram incluídos 24 indivíduos saudáveis e, no grupo AF 45 pacientes completaram todos os exames, sendo esses últimos divididos em dois grupos: AF com espirometria normal (AFEN; n=21) e AF com espirometria alterada (AFEA; n=24). Quando comparado com o GC, o grupo AFEN demonstrou valores menores nos testes de função pulmonar, porém sem significância estatística. Ao contrário dos parâmetros reativos, os parâmetros resistivos da TOF demonstraram elevação significativa dos seus índices e redução da inclinação da curva de resistência do sistema respiratório (S). Este parâmetro, nesse grupo, foi considerado com potencial uso para predição diagnóstica. No grupo AFEA, a predominância do padrão respiratório foi restritiva, concordando com a elevação de todos os parâmetros de resistência e redução significativa de S. Já os reativos demonstraram redução significativa de reatância média (Xm) e complacência dinâmica do sistema respiratório (CDin,sr), além da elevação da frequência de ressonância (fr) e impedância total do sistema respiratório ( Z4Hz ). Para predição diagnóstica, apenas os parâmetros resistência total do sistema respiratório (R0), resistência em 4 Hertz (R4Hz), S, CDin,sr e Z4Hz apresentaram potencial para acurácia diagnóstica. A capacidade funcional mostrou-se reduzida significativamente apenas no grupo com espirometria alterada, evidenciada pela menor distância percorrida. |