Os encadeamentos de Frames na escrita e na reescrita de produções escritas discentes: uma abordagem sociocognitiva do processo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Feitosa, Alessandra Martins Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6187
Resumo: Esta tese busca contribuir para o ensino da língua materna promovendo uma análise linguístico-discursiva à luz da Linguística Cognitiva e do Sociointeracionismo discursivo do processo de produção escrita desenvolvido na escola. Considerando um universo inicial de 68 produções discentes, propõe-se uma análise de um conjunto de 28 processos de produções de texto, compostos pela proposta de redação, pela grade de correção, pela escritura e pela reescritura de textos de alunos do 6º ano de Ensino Fundamental dos Colégios Militares. Com base no postulado por Deborah Tannen, a respeito das estruturas cognitivas denominadas Frames/Framing, pretende-se analisar o processo de produção textual considerando para verificar como se relacionam os espaços discursivos do professor e do aluno nessa interação comunicativa. Trata-se de uma pesquisa qualitativa cuja proposta metodológica baseia-se em duas grandes categorias de frames, a saber: frames discursivos e frames situacionais. A primeira, subdividida em frames temáticos e semânticos, emerge no texto valorizando as condições discursivas dos sujeitos decorrentes das práticas sociais de que participam, decorrentes das apreensões linguístico-cognitivas do mundo em que vivem, caracterizando-se por uma essência dinâmica e impossível de ser estereotipada ou ser padronizada. A segunda, subdividida em frames estruturais e frames sintáticos, acionam os conhecimentos que, dada as características mais prototípicas e mais regularizadas configuram-se como objetos de ensino das aulas de Língua Portuguesa. Em cada uma dessas categorias foram observados os movimentos de frames, tais como, alinhamentos, realinhamentos, desalinhamentos e deslocamentos e, em face deles, como os espaços discursivos do professor e do aluno se relacionam e o que cada movimento nos permite concluir a respeito da interação e dos atores nela envolvidos. A importância deste estudo aponta para uma imperiosa e emergente necessidade de se rever a visão do ensino de língua, mais especificamente, no que se refere ao desenvolvimento da competência escritora, de modo a que discurso e gramática não sejam considerados em perspectivas estanques, mas como faces de uma mesma moeda, assim como o é linguagem e cognição.