Impacto do estresse materno na morfologia do pênis da prole adulta de ratos Wistar
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia e Ciências Cirúrgicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23517 |
Resumo: | A exposição ao estresse prolongado exerce um efeito destrutivo sobre os tecidos, influenciando negativamente a proliferação e a diferenciação celulares. Quando ocorre em períodos críticos de desenvolvimento (gravidez e/ou lactação), pode programar os filhotes ao desenvolvimento futuro de doenças cardiovasculares, obesidade, intolerância à glicose e diabetes. No entanto, ainda não se sabe se essa programação por estresse materno é capaz de induzir alterações morfológicas no pênis. Após aprovação do Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA nº 9518170621), as progenitoras foram divididas em dois grupos experimentais: Grupo Controle (C) - de mães controle, sem nenhuma intervenção (n=5); e Grupo Estresse (E) - de mães que sofreram estresse variável na terceira semana de gestação (14º ao 21º dia; n=5). O protocolo de estresse variável consistiu em isolamento metabólico em gaiola, serragem úmida, inclinação da gaiola e privação de alimento e água. Desde o nascimento, os filhotes (n= 10, no grupo C e n= 9 no grupo E) foram acompanhados até os três meses de idade, data da eutanásia. A massa corporal foi verificada ao nascimento, aos 21 dias e aos 90 dias, e a ingestão alimentar foi verificada diariamente. Na eutanásia, os depósitos de gordura (retroperitoneal, epididimária, subcutânea) e o pênis foram removidos para análise histomorfométrica (áreas do pênis e da túnica albugínea; e densidades de área de tecido conjuntivo, músculo liso e espaço sinusoidal). Os dados foram analisados quanto à sua normalidade utilizando o teste Kolmogorov-Smirnov, foi utilizado o teste de Mann Whitney para as distribuições fora do normal e o teste-t student para as distribuições normais, considerando p<0,05. No nascimento e no desmame, o grupo E apresentou pesos mais baixos do que o grupo C, -33,72% (p= 0,0422) e -17,07% (p= 0,0018), respectivamente. No entanto, a massa final e o delta da massa corporal não apresentaram diferença. O consumo alimentar e os depósitos de gordura também foram iguais. Por sua vez, o grupo E apresentou valores glicêmicos mais altos aos 30 e 60 dias de vida, [+20,59% (p= 0,0042) e +14,56% (p= 0,0079)], respectivamente; sem mostrar diferença aos 90 dias, quando comparado ao grupo C. Em relação à mensuração das áreas do pênis e às densidades de superfície dos componentes dos corpos cavernosos, não houve diferença entre os grupos. Assim, os resultados indicam que o estresse gestacional é um importante programador metabólico que gera baixo peso ao nascer e leva a um catch up pós-natal. Porém, a exposição precoce ao estresse não modificou a morfologia do pênis da prole na fase adulta. |