Relação da apneia obstrutiva do sono com adiposidade corporal, sarcopenia e resistência à insulina em pacientes com doença renal crônica em tratamento não dialítico
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12682 |
Resumo: | Estudos sugerem que a prevalência de apneia obstrutiva do sono (AOS) seja elevada nos pacientes com doença renal crônica (DRC). Na população em geral a AOS tem sido associada com obesidade, sarcopenia, resistência à insulina, elevação da pressão arterial e disfunção endotelial. Entretanto, essas associações ainda não foram estabelecidas em pacientes com DRC. Avaliar a associação da AOS com a adiposidade corporal total e central, sarcopenia, perfil metabólico, pressão arterial, reatividade microvascular cutânea e proteinúria em pacientes com DRC em tratamento não dialítico. Estudo transversal envolvendo pacientes com DRC (estágios 3b-4). A taxa de filtração glomerular foi estimada (TFGe) pela equação CKD-EPI. Os pacientes foram avaliados quanto à: 1) AOS: pelo equipamento Watch-PAT200® (índice de apneia/hipopneia (IAH) ≥ 5 eventos/h); 2) adiposidade corporal total: índice de massa corporal e gordura corporal (bioimpedância elétrica; BIA e absorciometria radiológica de dupla energia; DXA); 3) adiposidade corporal central: circunferência do pescoço, circunferência da cintura, razão cintura quadril, razão cintura estatura, razão pescoço-estatura e gordura do tronco e visceral (DXA); 4) sarcopenia: conforme proposto pelo European Working Group on Sarcopenia in Older People: massa muscular (DXA), força muscular: força de preensão manual e desempenho físico: velocidade de marcha; 5) perfil metabólico: concentrações séricas de glicose, insulina, adiponectina, colesterol total e frações e triglicerídeos; 6) pressão arterial: método oscilométrico; 7) reatividade microvascular cutânea: Laser Speckle Contrast Imaging; 8) proteinúria. Resultados: Foram avaliados 73 pacientes: 58% homens, idade = 62,88±1,06 anos, TFGe = 27,1 (22,1 35,8) mL/min/1,73m². A AOS estava presente em 67% dos participantes (n = 49). O grupo com AOS em comparação com o sem AOS apresentou valores mais elevados de todos os parâmetros de adiposidade corporal total e central (p < 0,001). Após ajustes para fatores de confundimento (incluindo adiposidade corporal), a AOS não se associou com massa magra, massa muscular, função muscular, resistência à insulina, adiponectina, perfil lipídico, pressão arterial e proteinúria. O IAH apresentou correlação negativa e significativa com a amplitude da condutância vascular cutânea, mesmo após ajustes para confundidores (r= -0,26, p = 0,04). O presente estudo sugere que, em pacientes com DRC em tratamento não dialítico, a frequência de AOS é elevada, estando associada com adiposidade corporal total e central e apresentando potencial efeito deletério sobre a reatividade microvascular cutânea. A AOS não se associa com sarcopenia, resistência à insulina, perfil lipídico, pressão arterial e proteinúria após ajuste para confundidores incluindo a adiposidade corporal. |