Luiz Maurício de Abreu Arruda “Caridade? Não! Solidariedade”: Alice Tibiriçá e a Sociedade de Assistencia aos Lazaros e Defesa contra a Lepra (1925-1935)
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18904 |
Resumo: | Esta tese analisa o movimento filantrópico aos doentes de lepra e seus familiares, efetuado pela Sociedade de Assistencia aos Lazaros e Defesa Contra a Lepra de São Paulo. Esta Sociedade foi criada em 1926, por iniciativa de Alice de Toledo Ribas Tibiriçá, liderança que congregou o campo das realizações de benemerência impulsionadas por mulheres naquela cidade, e teve papel precursor na elaboração de um modelo assistencial e ações de combate à doença no Brasil. A Sociedade de Defesa Contra a Lepra tornou-se modelo de organização neste campo e atuou como lócus irradiador de diversas iniciativas, colocando em circulação pessoas, ideias e ações, que levaram à fundação de diversas instituições congêneres em várias regiões do país. Estas ações tinham historicidade e estavam definidas pelos conhecimentos médicos/científicos disponíveis sobre a lepra no Brasil e no mundo, que propunham, entre outras medidas, o isolamento em leprosários como principal método para a “proteção” não apenas do doente, mas da sociedade brasileira. Assim a ação filantrópica daquelas “damas da sociedade” estava também orientada por um ideal de construção de uma nação “sadia”, “civilizada” e “próspera”. Os marcos cronológicos desta investigação são: 1925 – quando se iniciaram as ações de Alice Tibiriçá no combate àquela enfermidade – e 1935, quando ocorreu sua renúncia ao cargo de vice-presidente da Federação das Sociedades de Assistencia aos Lazaro e Defesa Contra a Lepra. Na análise, esmiucei o papel da Sociedade e sua liderança, procurando entender as articulações políticas e o lugar social que permitiram à Alice Tibiriçá desempenhar aquelas atividades. O pano de fundo histórico contextualiza a ação da Sociedade, bem como os conflitos que levaram à saída de Alice Tibiriçá da função que ocupava na Federação. A saída de Alice abriu a possibilidade para o protagonismo de outras mulheres, especialmente de Eunice Weaver, que estabeleceu relações próximas com o poder público, numa direção oposta àquela tomada por Alice Tibiriçá. |