O gênero gramatical nas primeiras gramáticas vernáculas portuguesas
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6949 |
Resumo: | Apresentam-se neste trabalho as abordagens da categoria gramatical de gênero nas duas primeiras gramáticas da língua portuguesa: Grammatica da lingoagem portuguesa (1536), de Fernão de Oliveira, e Grammatica da lingua portuguesa (1540), de João de Barros. O objetivo desta tarefa é contribuir para os estudos históricos e diacrônicos do idioma, especificamente nessas obras metalinguísticas iniciais. Para tanto, procedeu-se a uma leitura integral dos dois textos, a fim de delimitar as passagens relacionadas a esse item morfossintático. Inicialmente, há uma contextualização histórica sobre a evolução do idioma, desde a constituição da Península Ibérica até a independência de Portugal, incluindo a formação das línguas nacionais, em especial o português, e suas características em contraponto com o latim. Esta exposição compreende a perda do gênero neutro, as distintas propostas de periodização da nossa língua e a oscilação do gênero gramatical de algumas palavras dentro do idioma. Em seguida, examina-se o cenário europeu no período do Renascimento e sua influência na produção das obras em questão, bem como se situa o papel dos gramáticos pioneiros no processo de autoafirmação do vernáculo. A seção contém ainda uma breve biografia de cada um dos autores estudados. Passa-se, então, à análise das referidas obras, com base no modelo latino e nos critérios já estabelecidos pela tradição, bem como nas mudanças da nova era, as quais serviram até certo ponto de paradigma para os futuros estudos gramaticais da época. Cumprida essa tarefa, confrontam-se os trabalhos de Oliveira e Barros, no intuito de identificar os elementos comuns e os dissonantes entre ambos, sem ignorar sua vinculação ao legado grego, mas inscrevendo-os no amplo movimento de transformações sociais, geográficas e políticas do século XVI. Por meio desse cotejo, recapitulam-se as mudanças impostas ao gênero na língua portuguesa, com atenção a pontos abordados nos dois textos mencionados, como o conceito de dição, o contraponto entre flexão e derivação, o papel dos artigos no desaparecimento dos casos e outros fatos linguísticos de caráter morfossintático |