Contribuições da interocepção e do processamento preditivo para a compreensão dos sintomas pelo médico de família e comunidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Duncan, Michael Schmidt
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família, Mestrado Profissional em Rede Nacional (PROFSAÚDE)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21856
Resumo: O médico de família e comunidade (MFC) com frequência se depara com quadros vagos e inespecíficos, que podem ser autolimitados ou prolongados, necessitando de ferramentas para uma abordagem racional das queixas relatadas. Um quadro conceitual fundamentado na interocepção e no processamento preditivo, construtos recentes, amplamente desenvolvidos na psicologia experimental e nos estudos de neuroimagem funcional, apresenta potencialidades aplicáveis à medicina de família e comunidade. Com o objetivo de integrar esses construtos ao processo clínico do MFC, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, partindo da descrição de Ian McWhinney para a apresentação de sintomas. A esse modelo foram integrados os conhecimentos sobre interocepção, processamento preditivo e experiência emocional. Como referencial teórico para a integração, foram explorados outros construtos relevantes, como teorias, paradigmas, fenomenologia, narrativas e ferramentas clínicas. O resultado é um modelo abrangente que entende o “sentir-se doente” como uma emoção homeostática, que induz a pessoa a se cuidar ou buscar cuidado, e o sintoma como uma dimensão consciente de mecanismos regulatórios da homeostase. O modelo reconhece o papel da família e da cultura no desenvolvimento das estratégias que as pessoas usam para regular seus sintomas. Por fim, são apresentadas possibilidades de intervenções terapêuticas à luz desse modelo. A aplicabilidade desse modelo foi ilustrada por meio de um caso clínico fictício