Contribuições da interocepção e do processamento preditivo para a compreensão dos sintomas pelo médico de família e comunidade
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família, Mestrado Profissional em Rede Nacional (PROFSAÚDE) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21856 |
Resumo: | O médico de família e comunidade (MFC) com frequência se depara com quadros vagos e inespecíficos, que podem ser autolimitados ou prolongados, necessitando de ferramentas para uma abordagem racional das queixas relatadas. Um quadro conceitual fundamentado na interocepção e no processamento preditivo, construtos recentes, amplamente desenvolvidos na psicologia experimental e nos estudos de neuroimagem funcional, apresenta potencialidades aplicáveis à medicina de família e comunidade. Com o objetivo de integrar esses construtos ao processo clínico do MFC, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, partindo da descrição de Ian McWhinney para a apresentação de sintomas. A esse modelo foram integrados os conhecimentos sobre interocepção, processamento preditivo e experiência emocional. Como referencial teórico para a integração, foram explorados outros construtos relevantes, como teorias, paradigmas, fenomenologia, narrativas e ferramentas clínicas. O resultado é um modelo abrangente que entende o “sentir-se doente” como uma emoção homeostática, que induz a pessoa a se cuidar ou buscar cuidado, e o sintoma como uma dimensão consciente de mecanismos regulatórios da homeostase. O modelo reconhece o papel da família e da cultura no desenvolvimento das estratégias que as pessoas usam para regular seus sintomas. Por fim, são apresentadas possibilidades de intervenções terapêuticas à luz desse modelo. A aplicabilidade desse modelo foi ilustrada por meio de um caso clínico fictício |