Funções executivas e idade relativa em atletas de futebol de elite de 13 a 17 anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Tavares, Lucas Giusti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8266
Resumo: O objetivo desta dissertação foi a investigar os efeitos da Idade Relativa e da Maturação nas Funções Executivas de atletas de futebol de elite entre 13 e 17 anos. Foram utilizados os testes: 1) Color Word Interference Test; 2) Trail Making Test; 3) Teste dos Cinco Pontos para FE; Distância do PVE para maturação e a Idade Relativa. Para obter-se grupos maiores na estratificação em todas as categorias e testes, bem como excluir o efeito passado da idade relativa, os atletas foram estratificados por percentil de IR, dando origem a quarto grupos com número semelhante de atletas. Assim, os atletas foram estratificados por percentil dentro da margem real de nascimentos (Quartis Reais - QR) e do ano completo (Quartis Anuais - QA). Participaram 182 atletas de base de três clubes de futebol de elite selecionados por conveniência no Rio de Janeiro, Brasil. A presente dissertação é um estudo transversal e foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Todos os parentes e guardiões legais assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido fornecendo autorização para seus filhos participarem do estudo. A normalidade de todas as variáveis numéricas foi confirmada pelo teste de Shapiro-Wilk. O teste χ² foi realizado para checar o EIR entre quartis do ano (Q1, Q2, Q3, Q4). Análise de Variância (ANOVA) com Tukey Post Hoc foram utilizados para comparar todos os grupos entre si. O teste t de Student foi utilizado para comparar grupos semestrais. O coeficiente de Pearson foi utilizado para cálculo do tamanho do efeito. Finalmente, foi realizada uma análise de regressão múltipla multivariada com todos os testes de FE e variáveis dependentes para predição dos resultados de testes de FE. Os tamanhos dos efeitos foram calculados pelo d de Cohen nos testes T e eta ao quadrado na ANOVA. O nível de significância foi ajustado para 0.05 em todas as análises. Todas as equipes mostraram resultados desiguais favoráveis ao primeiro quarto do ano (Q1) em distribuição e maturação. Para os testes de FE, o sub 13 (F = 3.527, p = 0.028, η² = 0.27, 1-β = 0.68) e sub 16 (F = 5.159, p = 0.006, η² = 0.37, 1-β = 0.68) mostraram que atletas mais jovens exibiram melhores médias de TCP do que todos os outros subgrupos (p = 0.05). No sub 16, o TMT(b) o quartil mais jovem (Q4) foi pior do que o segundo quartil mais velho (Q2) (p = 0.026). Na comparação semestral, os resultados de TCP foram melhores no grupo mais jovem no sub 13 (t = -2.126, p = 0.037, d = 0.92, 1-β = 0.65), sub 17 (t = -2.712, p = 0.012, d = 1,00, 1-β = 0.46) e Total (t = -1.814, p = 0.047, d = 0.71, 1-β = 0.74). Por outro lado, o sub 16 mostrou diferença no TMT(b) em que os atletas mais jovens exibiram resultados piores (t = -2.712, p=0.012, d = 1.0, 1-β = 0.46). Os resultados do presente trabalho mostram que a idade relativa pode causar um atraso no desenvolvimento do controle inibitório que favorecem atletas mais velhos. O presente trabalho ainda confirma a hipótese do azarão, já que os atletas mais jovens mostraram níveis maiores de flexibilidade cognitiva. Tais resultados destacam a importância da aplicação de estratégias que possam favorecer o desenvolvimento de atletas nascidos mais tardiamente no período competitivo