Do Orpheu ao Dândi: os contos de Sá Carneiro e as crônicas de João do Rio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Oliveira, Isabel Cristina de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6312
Resumo: Esta dissertação estuda dois importantes autores de língua portuguesa na literatura moderna: Mário de Sá Carneiro (português) e João do Rio (brasileiro). Ambos viveram as diversas transformações sofridas pela sociedade ocidental no final do século XIX e início do século XX. Nessa época as relações entre Brasil e Portugal estavam abaladas, mas havia um movimento de aproximação entre esses países, já que Portugal nunca deixaria de ser o berço do Brasil, não havia por que negar as afinidades. O que parece aproximar a escrita de Sá Carneiro e João do Rio são as transformações, em âmbito geral, sofridas no espaço temporal citado. Ambos influenciados pelas tendências que se originaram no centro cultural da época: a França. Essas tendências, chamadas de vanguardas, deram origem no Brasil e em Portugal ao movimento Modernista na Literatura. Em Portugal, Mário de Sá Carneiro participou da criação desse novo movimento literário com a revista Orpheu. No Rio de Janeiro, havia uma crescente modernização da vida política, social e cultural, era a verdadeira belle époque carioca, da qual João do Rio participou, ajudando no crescimento da crítica e do jornalismo de forma geral. Analisamos aqui alguns contos de Sá Carneiro e algumas crônicas de João do Rio. Nelas encontramos muito da crise moderna vivida por eles, realizamos através desse corpus aproximações entre os dois autores. Nesse processo de comparação, enfatizamos alguns aspectos modernistas, problematizando as diferenças e semelhanças, tendo intenção de identificar as influências e as circunstâncias que levaram tais escritores a escreverem da forma com que viam e viviam a cidade, a vida, a história de seus países como pano de fundo, apresentando de que forma essas duas personagens contemporâneas da vida artística cultural portuguesa e brasileira apresentaram em seus escritos a presença do cotidiano, o dia a dia da cidade, e a contradição com as correntes da época