Efeito terapêutico do extrato do caroço do açaí sobre as alterações cardiovasculares na obesidade: Estudo comparativo com a Rosuvastatina
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22598 |
Resumo: | A obesidade é um problema de saúde global crescente e fortemente associado a comorbidades, como as doenças cardiovasculares. Os Camundongos C57BL/6 são um ótimo modelo de estudo de obesidade induzida por dieta. Alimentos ricos em polifenóis, como o açaí, promovem benefícios à saúde em geral, refletindo-se também em benefícios cardiovasculares. O extrato hidroalcoólico do caroço do açaí (ASE) demonstrou previamente propriedades cardiovasculares benéficas, superiores àquelas demonstradas pela polpa ou extrato aquoso do açaí. Também demonstrou efeito preventivo de diversas complicações em modelos de hipertensão, diabetes e obesidade, porém, não se sabe ainda o efeito de ASE especificamente no coração e na aorta, no contexto de terapia da obesidade induzida por dieta. A Rosuvastatina (ROSU) é uma estatina frequentemente prescrita para dislipidemia e demais riscos de doenças cardiovasculares. Este fármaco desempenha efeitos pleiotrópicos, influenciando beneficamente na saúde cardiovascular através de efeitos que vão além da melhora do perfil lipídico, porém, ainda não bem elucidados. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do ASE no coração e na aorta de camundongos C57BL/6 machos, em modelo de obesidade induzida por dieta hiperlipídica, comparando-os com os efeitos da ROSU. Para isso, 5 grupos foram criados, onde os animais foram alimentados com dieta padrão por 12 semanas (grupo Controle) ou dieta hiperlipídica (60% lipídeos) por 12 semanas (grupos HF12, HF+ASE e HF+ROSU) ou por 8 semanas (grupo HF8). O grupo HF+ASE foi tratado com ASE (300mg/kg/dia) e HF+ROSU com ROSU (20mg/kg/dia) a partir do final da 8ª semana até o final da 12ª semana. A dieta hiperlipídica deixou os animais obesos e com o perfil lipídico e a glicemia alterados. Também tiveram alterações na morfologia e no status redox do coração e da aorta, bem como diminuição da expressão de Nrf2 e SIRT1 nestes orgãos. Ambos os tratamentos reduziram o ganho de peso e melhoraram o perfil lipídico, mas somente ASE melhorou a glicemia. Os tratamentos desempenharam ações benéficas na morfologia do coração, evitando hipertrofia do septo interventricular, e na morfologia da aorta, evitando hipertrofia da túnica média e maior deposição de colágeno. Os tratamentos também melhoraram o status redox nestes dois órgãos, o que influencia positivamente na saúde cardiovascular. Entretanto, ASE desempenhou efeito antioxidante mais proeminente que ROSU, pois, diferente da ROSU, ASE melhorou a expressão e a atividade da enzima GPx no coração, além de aumentar a expressão de SOD1 e diminuir a expressão de NOX4 na aorta, onde apresentou menor peroxidação lipídica. Os dados obtidos sugerem potencial terapêutico do ASE em complicações cardiovasculares na obesidade, por promover efeitos antioxidantes e melhora de parâmetros morfológicos no coração e na aorta. |